Warren Buffett entra para o clube dos US$ 100 bilhões
Presidente do Conselho de Administração da Berkshire Hathaway entra para o grupo que tem Jeff Bezos, Elon Musk e Bill Gates
16/03/2021Aos 90 anos, o megainvestidor estadunidense Warren Buffett entrou para o seleto grupo de pessoas com patrimônio superior a US$ 100 bilhões (RS 560,7 bilhões).
Embora tenha se mantido no ranking global de maiores riquezas do planeta, o empresário perdeu posições para outras fortunas ligadas a empresas de tecnologia nos últimos anos.
Agora, segundo a Bloomberg Billionaires Index a riqueza de Warren Buffet chegou a US$ 100,4 bilhões. Ele é presidente do conselho de administração da Berkshire Hathaway Inc.
Isso torna Warren Buffett o sexto membro do clube de US$ 100 bilhões, grupo que inclui Jeff Bezos, da Amazon, Elon Musk, da Tesla, e seu amigo Bill Gates, da Microsoft.
Caminho de Warren Buffet aos US$ 100 bilhões
As fortunas combinadas do clã cresceram rapidamente, alimentadas pelo estímulo do governo dos Estados Unidos, pela política do Federal Reserve (banco central americano) e pelo mercado de ações em alta.
Na última quarta-feira, 10, o projeto de lei anti-covid-19 de US$ 1,9 trilhão (R$ 10,6 trilhões) do presidente Joe Biden superou seu obstáculo final no Congresso.
O valor somou-se aos US$ 3 trilhões (R$ 16,8 trilhões) em estímulos que Washington já desembolsou ao longo de 2020.
Início de ano forte
A Berkshire, a fonte de praticamente toda a riqueza de Buffett, teve um forte início em 2021.
As ações da empresa subiram 15% este ano, superando o ganho de 3,8% do índice S&P 500.
Isso foi ajudado pela recente pressão de Buffett para gastar quantias recordes comprando de volta as próprias ações da Berkshire.
Esta é uma mudança notável para um investidor que preferiu usar a pilha de US$ 138 bilhões (R$ 772,8 bilhões) em dinheiro para adquirir outras empresas ou ações ordinárias.
Calvário da Berkshire Hathaway
Warren Buffett tem lutado nos últimos anos para encontrar negócios consideráveis para estimular o crescimento da Berkshire, em parte devido ao tamanho do conglomerado.
Isso fez com que as ações tivessem um desempenho inferior ao índice S&P 500 nos últimos cinco anos.
Mas em 2020, Buffett gastou um recorde de US$ 24,7 bilhões (R$ 138,2 bilhões) em recompras e os registros indicam que ele já adquiriu pelo menos US$ 4,2 bilhões (R$ 23,5 bilhões) em ações até meados de fevereiro.
“Seu aquecimento para a recompra de ações foi claramente bem-visto pelos investidores”, disse Matthew Palazola, analista da Bloomberg Intelligence, que também observou que os temores do ano passado sobre o impacto inicial da pandemia no grupo foram exagerados.
“A força do portfólio de ações da Berkshire, especificamente a Apple, foi um grande contribuinte para o valor contábil”. (AE)