close

Remédio à base de anticorpos da GSK é eficaz contra a variante ômicron

Farmacêutica britânica anuncia que o sotrovimabe é efetivo contra todas as 37 mutações da nova cepa. Remédio é aprovado no Brasil

Dois frascos do remédio sotrovimabe, da GSK, que é eficaz contra a variante ômicron

Em setembro, a Anvisa aprovou o uso do remédio para pessoas acima de 12 anos com casos leves e moderados de covid-19 | Foto: GSK/Vir Biotechnology

A farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK) anunciou nesta terça-feira, 7, que seu remédio sotrovimabe, contra a covid-19, é eficaz contra todas as mutações da nova variante ômicron do coronavírus.

Feito à base de anticorpos, o medicamento foi desenvolvido com o laboratório estadunidense parceiro Vir Biotechnology.

Mais sobre variante ômicron

Na última quinta-feira, 2, a GSK comunicou que haviam indícios da eficácia contra a variante ômicron.

Porém, a efetividade havia sido confirmada apenas para mutações chave do vírus. Agora, foi confirmada a eficácia contra todas as 37 mutações.

Os dados do estudo, que está em fase inicial, do sotrovimabe ainda serão revisados por pares médicos antes de serem publicados em um jornal científico.

Em setembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do medicamento para pessoas acima de 12 anos infectadas e que apresentam a doença de forma leve a moderada.

“Esses dados pré-clínicos demonstram potencial de nossos anticorpos monoclonais serem efetivos contra a última variante, a Ômicron, além de outras variantes de preocupação definidas pela OMS”, afirma o chefe científico da GSK, Hal Barron.

Como mencionado, o medicamento consiste no uso de anticorpos que se prendem à chamada proteína S (spike) do coronavírus. Essa proteína é que faz a ligação do vírus às células humanas.

Descobriu-se recentemente, que a variante ômicron tem mutações anormalmente altas nessa protéina.

Na última semana, a agência reguladora do Reino Unido aprovou o uso do remédio da GSK e da Vir Biotechnology para uso em casos graves de covid-19.

Essa recomendação vale para os casos entre brandos e moderados que correm risco alto de desenvolver uma doença grave.

Sendo assim, a agência recomendou o uso do remédio até cinco dias após o surgimento de sintomas.

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra