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Investidor migra para metais preciosos e emergentes

Ativos Europeus podem absorver parte do dinheiro, mas muito migrará para os emergentes, que foram deixados de lado no ano passado

Emergentes

Alocação em papéis ligados a juros começa a fazer sentido, segundo a análise do Safra | Foto: Getty Images

A quinta-feira começa com a incerteza tomando conta dos ânimos dos investidores. As tensões entre Rússia e Ucrânia voltaram ao radar dos mercados, após os EUA afirmarem que a retirada de tropas russas da fronteira foi falsa e que, na verdade, o gigante europeu está aumentando o número de soldados alocados. Obviamente isso é uma péssima notícia para os ativos de risco e faz com que o dinheiro migre para lugares mais seguros, como ouro e prata, que sobem essa manhã, mostrando que metais preciosos são e sempre serão o porto seguro contra riscos geopolíticos.

Para aumentar o receio dos investidores, as atas do FOMC indicaram que o FED deve seguir com o aperto monetário em 25 bps por reunião, mas abriu certa dúvida se isso será suficiente para conter as pressões inflacionárias. Vozes importantes dos EUA começam a sugerir uma alta de 50 bps já em março. Atualmente o mercado já precifica de 6 a 7 aumentos em 2022, todos de 25 bps.

Saiba mais

Embora a inflação persistente e os juros altos sejam prejudiciais para os ativos de risco, a resiliência dos emergentes (Brasil como destaque), com sua economia mais voltada para as commodities e a antecipação das altas de juros, está tornando esses países um “perfect hiding place”. Vemos o interesse por ativos brasileiros crescer substancialmente, sendo o setor de bancos e commodities os destaques.

Emergentes são vistos como alternativa

Indo direto ao ponto, após um incrível 2021, os mercados começaram a se preocupar com a economia americana e buscam alternativas de investimentos. Ativos Europeus podem absorver parte do dinheiro, mas muito migrará para os emergentes, que foram deixados de lado no ano passado.

A se julgar pelos futuros americanos, devemos ter um dia mais complicado para as bolsas mundiais e ficaremos a mercê de notícias oriundas da Rússia, principal driver do momento.

Pensando em uma alocação de portifólio de longo prazo, o Banco Safra destaca o setor financeiro (ITUB4, BBAS3 e BBDC4, nessa ordem) e de commodities (VALE3) como proteção a inflação e juros. Mas o banco acredita que certa alocação em papéis ligados a juros começa a fazer sentido.

Uma ótima quinta a todos e bons negócios!

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