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Carteira de crédito privado destaca construção, ferrovias, energia e saúde

Carteira recomendada de crédito privado do banco Safra passa a incluir VLI Multimodal, Energisa e São Simão Energia

Crédito privado

As alterações para abril visam trazer papéis mais líquidos, emissores com bom perfil de crédito e com retornos atrativos | Foto: Getty Images

A carteira recomendada de crédito privado para o mês de abril, elaborada pelo Banco Safra, conta com 3 alterações em relação à de março: a entrada das debêntures VLIM13 (VLI Multimodal), ENMTA4 (Energisa Mato Grosso) e UHSM12 (UHE São Simão Energia). Saíram as debêntures CGMG18 (Gasmig), ESULA6 (Energisa Mato Grosso do Sul) e o CRI da Log CP.

As alterações para abril visam trazer papéis mais líquidos, emissores com bom perfil de crédito e com retornos atrativos. O Safra manteve um perfil setorial diversificado, com exposição aos setores de construção civil, transporte ferroviário, elétrico e saúde.

Saiba mais:

No mês passado, foi forte a demanda por títulos incentivados, movimento este que o safra atribui ao cenário inflacionário em alta, que segue pressionado pelos preços das commodities. Somado a isso, o conflito na Europa afeta os preços internacionais de insumos para a agricultura, e o agronegócio no Brasil deverá sentir os efeitos dessa valorização de preço.

Portanto, a inflação não deverá dar trégua tão cedo e continuará a guiar os investimentos para 2022.

Visão macroeconômica embasa mudança na carteira de crédito privado

O cenário econômico segue pressionado pela alta inflacionária e a expectativa de baixo crescimento do PIB brasileiro. Em adição, o conflito geopolítico na Europa elevou a cotação das principais commodities e gerou incertezas quanto ao abastecimento de insumos essenciais para a agricultura, podendo provocar impacto nas próximas safras e, consequentemente, no preço de alimentos.

Diante disso, o Copom elevou em 1 p.p. a Selic para 11,75%, conforme amplamente esperado pelo mercado, e sinalizou encerrar o aperto monetário em maio, quando deve aumentar a Selic para 12,75%. Os Bancos Centrais de outros países também adotam uma política austera para conter a inflação. Nos EUA, por exemplo, o comitê do FED subiu em 0,25 p.p. a taxa básica de juros e deve realizar novos aumentos neste ano.

Dados de janeiro divulgados pelo IBGE mostram queda de 2,2% (comparação mensal) na indústria de transformação, compensando em partes o avanço registrado em dez/21. O setor ainda lida com gargalos na cadeia produtiva, o que deve se perdurar até 2023. Efeitos da guerra na Ucrânia e custo superior de crédito, pioram o cenário para a indústria no Brasil.

O varejo ampliado registrou leve queda de 0,3%, um resultado melhor do que o esperado pelo mercado, tendo em vista o impacto inflacionário na renda da população, endividamentos das famílias e o crédito mais caro. O setor de serviços recuou 0,1% em janeiro, em decorrência da redução da mobilidade após o aumento de casos da variante ômicron. Serviços prestados às famílias caiu pela primeira vez desde março, contudo espera-se recuperação a partir de fevereiro.

Mercado de Juros

Após as recentes declarações do Banco Central a respeito da ancoragem da inflação e fim do aperto monetário, o mercado de juros reagiu positivamente, visto através do fechamento da curva DI futuro nos vértices mais curtos. O juro real da NTN-B já vinha apresentando um fechamento no curto prazo, corrigindo a inversão mostrada 1 mês atrás (vide gráfico ao lado “Curva NTN-B”).

Em razão disso, o spread médio em relação à NTN-B das debêntures incentivadas teve forte queda nos vencimentos 2022 a 2024. No médio e longo prazo, por ser uma região menos sensível à curva de juros, observamos maior estabilidade.

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