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Setor de saúde caminha para resultados melhores após auge da pandemia

Safra Corretora espera um segundo trimestre fraco no setor, mas avalia que o pior já deve ter ficado para trás

Setor de saúde

O pior para o setor já ficou para trás, pois os aumentos mais intensos de preços devem começar a se manifestar no segundo semestre | Foto: Getty Images

O segundo trimestre não foi um ótimo período para o setor de saúde. Os melhores números operacionais devem vir de Hapvida e Rede D’Or, na visão da Safra Corretora, com forte crescimento de EBITDA, diante de bases comparativas fáceis.

Para a Safra Corretora, o pior para o setor de saúde já ficou para trás, pois os aumentos mais intensos de preços devem começar a se manifestar no segundo semestre de 2022 e acelerar em seguida.

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A principal preocupação, segundo a corretora, é o potencial impacto negativo que uma desaceleração econômica pode ter sobre o crescimento do número de membros, assumindo que o aumento significativo das taxas de juros nos últimos meses deve ajudar a esfriar a demanda para controlar a inflação.

Mesmo assim, de acordo com a Safra Corretoa, há perspectiva positiva com a Hapvida (a preferência para o setor atualmente) e Rede D’Or, que inclui SulAmérica como uma alternativa um pouco mais barata, pois são ativos de alta qualidade para um horizonte de investimento de longo prazo e que o pior em termos de resultados deve provavelmente ter ficado para trás.

Para o lado do valor do espectro, a Safra Corretora prefere o Grupo Fleury, que se uniu ao Instituto Hermes Pardini, pois o valuation não parece alto à luz dos fundamentos aprimorados da empresa combinada.

A Qualicorp, por sua vez, ainda deve sofrer com uma alta taxa de churn (métrica relativa à perda de receita ou clientes), o que vem impactando as adições líquidas orgânicas, enquanto a Odontoprev deve continuar apresentando um leve crescimento de receita, embora seu lucro líquido seja o único que deve crescer ano a ano dentro da cobertura.

Já a receita líquida da Dasa deve crescer no trimestre, impulsionada principalmente por aquisições realizadas na divisão Hospitais e Oncologia. Segundo a Safra Corretora, a empresa se expandiu agressivamente nos últimos trimestres através de várias aquisições, que contribuíram para melhorar seu modelo de negócios a longo prazo, mas colocaram bastante pressão no curto prazo.

O Mater Dei deve registrar um forte crescimento de receita, atribuído principalmente à integração de aquisições recentes, do Hospital Santa Genoveva e Hospital Premium no primeiro trimestre e Hospital Salvador e Hospital EMEC no segundo trimestre. No entanto, a corretora espera que as margens permaneçam sob pressão devido a esse processo de integração.

Índice de sinistralidade no setor de saúde tende a cair nos próximos meses

Na visão por segmentos, para operadoras e seguros de saúde as adições líquidas devem ser o destaque, pois o mercado de trabalho continua forte. Por outro lado, os índices de sinistralidade médica (MLR) devem seguir pressionados pela covid, outras doenças sazonais e procedimentos eletivos.

Para a Safra Corretora, a chave no trimestre é buscar evidências de que a MLR deve começar a cair nos próximos meses.

Já entre os hospitais, deve haver uma melhora geral nas taxas de ocupação e alguma aceleração no crescimento do ticket médio, pelo menos em uma base comparável, pois as aquisições podem distorcer os números consolidados em alguns casos, pondera a corretora.

No caso dos laboratórios, com as receitas da covid diminuindo, a integração das aquisições provavelmente deve ser o lado positivo do trimestre em termos de crescimento de receita.

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