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Renda fixa: conheça as opções para investir

Modalidade é a principal para quem busca baixo risco e retorno previsível e essencial para diversificar a carteira. Veja as opções

Mãos protegendo um pote de vidro com moedas e broto de árvore

Na renda fixa, investidores têm menos volatilidade e podem realizar aplicações a partir de R$ 30 | Foto: Getty Images

Categoria de aplicações financeiras popular, a renda fixa é a principal indicação para pessoas que buscam baixo risco e retorno previsível. Investir nesta modalidade é indicado principalmente para investidores de perfil conservador.

No entanto, as aplicações financeiras em renda fixa também são importantes para diversificar e dar solidez às carteiras de pessoas com perfil mais dinâmico.

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Para esclarecer as diferenças entre os produtos de renda fixa, O Especialista preparou um guia com os principais pontos de cada opção.

Caso queira se aprofundar no tema, o investidor pode acessar materiais gratuitos como um e-book gratuito divulgado pelo Banco Safra e que pode ser acessado por este link.

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Análise de perfil

Como mencionado, a aplicações financeiras em renda fixa devem constar na carteira de todos os investidores, proporcionalmente a cada perfil.

Por isso, é importante que antes realizar qualquer aplicação financeira a pessoa faça um teste para saber qual é o seu perfil de investidor.

Instituições financeiras devem oferecer aos clientes um formulário chamado de suitability (adequação) que ajuda nessa análise.

Essa prática é recomendada e orientada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula o mercado de capitais no Brasil.

Como são as aplicações financeiras em renda fixa

Prazos
Os prazos de aplicações financeiras em renda fixa são estipulados no momento da aquisição dos títulos. Portanto, o investidor sabe por quanto tempo o dinheiro ficará aplicado e quais as condições caso queira resgatá-lo antes do vencimento.

Indexadores
Os títulos de renda fixa têm a rentabilidade definida de acordo com alguns indexadores. São eles:

  • CDI (Certificado de Depósito Interbancário)
    Títulos emitidos por instituições financeiras com o objetivo de emprestar dinheiro de uma instituição para outra, em operações que duram apenas um dia útil. A média das taxas diárias compõe esse indexador, que é referência para diversos investimentos do mercado
  • IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)
    É o índice oficial da inflação do país, medido mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA verifica a variação dos preços em produtos e serviços como alimentação, moradia, educação, transporte, entre outros
  • IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado)
    Indicador de periodicidade mensal que verifica a variação dos preços aos produtores no atacado (60% da composição), ao consumidor final no varejo (30%) e na construção civil (10%). É medido pela Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV)

  • Taxa Selic
    E a taxa básica de juros da economia, definida a cada 45 dias nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Remuneração

  • Prefixada
    No momento em que o investidor realiza o investimento, já lhe é informado qual será o rendimento exato do título

  • Pós-fixada
    O indexador é definido no momento da aplicação e a rentabilidade vai variar de acordo com seu desempenho. geralmente, o indexador escolhido nestes casos é CDI

  • Mistos
    Quando este tipo de remuneração é escolhida, parte da remuneração é prefixada e outra parte é pós-fixada, geralmente atrelada ao IPCA ou ao IGP-M

Produtos para aplicações financeiras em renda fixa

Tesouro Direto
É um programa desenvolvido pelo Tesouro Nacional em parceria com a B3 (bolsa de valores do Brasil), que permite que pessoas físicas invistam em títulos públicos.

O Tesouro Direto tem como um de seus objetivos ser um investimento acessível para a população. Por isso, há opção para começar a investir com apenas R$ 30.

Os recursos captados são usados no desenvolvimento de projetos públicos como infraestrutura, educação e saúde. São cinco os tipos de títulos do Tesouro Direto:

  • Tesouro Prefixado (LTN)
    A taxa deste título é prefixada, com pagamento na data de vencimento

  • Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F)
    Também tem taxa prefixada, mas a cada semestre o investidor recebe pagamentos

  • Tesouro Selic (LFT)
    Título indexado à taxa Selic, com pagamento feito somente no vencimento

  • Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)
    A taxa deste título é mista, com parte dela prefixada e outra parte é indexada ao IPCA (índice oficial da inflação no Brasil). O pagamento é feito no vencimento

  • Tesouro IPCA+ com juros semestrais (NTN-B)
    A taxa também é mista, mas são feitos pagamentos semestrais aos investidores

Diariamente, o Tesouro Nacional recompra títulos públicos para garantir liquidez para quem investe na modalidade.

Nesse caso, o valor pode ser diferente do estipulado, já que a compra é feita a preços de mercado.

A garantia de pagamento é do próprio governo, o que torna a modalidade uma das mais seguras do mercado.

CDB
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é emitido por instituições financeiras para captação de recursos destinados ao financiamento das suas atividades.

É possível encontrar títulos com duas alternativas diferentes de liquidez: diária e com data de vencimento estipulada. Os CDBs contam com a cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

LCI e LCA
As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) também são lançadas por instituições financeiras, com o intuito de estimular ambos os setores.

Esses títulos são isentos de imposto de renda e contam com a cobertura do FGC.

CRI e CRA
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) são títulos emitidos por empresas securitizadoras.

Estas companhias securitizadoras são vinculadas a operações de crédito de ambos os setores. Os títulos são isentos de imposto de renda, mas não têm garantia do FCG.

Debêntures
São títulos de dívidas emitidos por empresas que buscam financiar projetos e outras aplicações. Quem investe em debêntures se torna credor da empresa emissora.

Existem também as debêntures incentivadas, que têm como objetivo o financiamento de projetos de infraestrutura como portos, estradas, aeroportos, pontes e outros.

Elas recebem esse nome porque contam com isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas, diferentemente do que ocorre com as Debêntures comuns. As duas modalidades também não têm garantia do FGC.

Imposto de Renda

O imposto de renda de aplicações financeiras em renda fixa é cobrado de acordo com a tabela regressiva.

Portanto, quanto maior o tempo investido, menor é o imposto cobrado. Confira a relação entre o tempo e os percentuais:

  • De 0 até 180 dias: 22,5%
  • De 181 até 360 dias: 20%
  • De 361 até 720 dias: 17,5%
  • Acima de 720 dias: 15%

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