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Ação da Cielo segue descontada frente aos concorrentes

Líder no segmento brasileiro de meios de pagamento, a Cielo tem recomendação neutra para as ações, com preço-alvo de R$ 4,30

Fachada de loja física da Cielo (CIEL3)

O Safra projeta um lucro líquido para a Cielo de R$ 1,171 bilhão neste ano, 24% superior à estimativa anterior do banco | Foto: Divulgação

O Banco Safra divulgou relatório de cobertura para a ação da Cielo dando novo preço-alvo (potencial), com base em melhores perspectivas para o setor de adquirência e preço descontado para o papel CIEL3 frente à concorrência.

Antes estabelecido em R$ 3, o patamar vislumbrado à frente para a ação está agora em R$ 4,30. No entanto, a recomendação neutra para compra e venda de CIEL3 foi mantida.

Saiba mais

Conforme o Safra, a nova avaliação leva em conta um aumento das premissas de taxa de desconto, mas também um cenário de atividade econômica ainda fraca, com desemprego e inflação em patamares elevados.

O banco projeta um crescimento de receita da Cielo para 2022 de 21% em base anual, impulsionada tanto por volumes quanto por preço.

Na visão do banco, a Cateno deve continuar apresentando bom desempenho, com bom crescimento de volume, melhora no mix (para crédito) e margens permanecendo em patamares positivos.

Sendo assim, o Safra projeta um lucro líquido para a Cielo de R$ 1,171 bilhão neste ano, 24% superior à estimativa anterior.

Para 2023, o banco espera que a empresa reporte um lucro líquido de R$ 1,326 bilhão, considerando a continuidade do bom crescimento dos volumes.

Desconto do papel frente aos pares

Atualmente, a Cielo está sendo negociada a P/L de 10,8x e EV/Ebitda de 7,7x para 2022, abaixo de seus níveis históricos (dez anos) de 14,6x e 11,1x, respectivamente.

Olhando para seus pares, a Cielo também parece descontada, já que PagSeguro e Stone estão sendo negociadas em múltiplos mais altos, em 17,4x e 26,7x P/L 2022, respectivamente.

Tal lacuna, segundo o Safra, está relacionada às diferentes expectativas em relação a essas empresas. Ambas, PagSeguro e Stone, estão sendo negociadas na Nasdaq, onde esses dois nomes são avaliados como ações de crescimento.

Na frente competitiva, a disputa entre a Cielo e seus pares segue intensa, impulsionada pela redução das barreiras de entrada e mudanças regulatórias.

Vale a pena investir em CIEL3?

  • Oportunidades de crescimento no setor;
  • Escala de liderança e altos níveis de lucratividade; 
  • Controlada pelo Bradesco e pelo Banco do Brasil, que são dois dos os maiores bancos do país;
  • Forte geração de fluxo de caixa livre;
  • Foco na inovação;
  • Forte base de dados com informações que podem ser traduzidas em consultoria e receitas de dados.

Quais são os principais riscos de CIEL3?

  • Mudanças no ambiente regulatório;
  • Taxa de intercâmbio em cartões de débito tem um preço limitado;
  • O ambiente competitivo parece se tornar mais difícil;
  • Novas tecnologias podem atrapalhar e alterar significativamente os negócios dos adquirentes;
  • Risco de crédito e inadimplência.

Sobre a Cielo

A Cielo foi constituída em 1995, quando Visa, Bradesco, Banco do Brasil, entre outras empresas, se reuniram para operar a marca Visanet no país. A companhia usou esse nome até 2009.

A empresa atua hoje no setor de captura e processamento de transações originadas por cartões de diversas bandeiras, destacando-se Visa, MasterCard, American Express, Diners Club International, Elo, Hiper, entre outras. Está presente ainda no segmento de vouchers, com Alelo e Sodexo.

Atualmente, a Cielo é líder no setor de cartões de pagamento no mercado brasileiro, em termos de volume financeiro de transações. A Cielo deteve em 2019 participação estimada de 41% do mercado, com movimentação total de R$ 1,7 trilhão, à frente de Rede, GetNet, PagSeguro e Stone, por exemplo.

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