Ata do Copom e prévia da inflação movimentam o mercado nesta quarta-feira
Mercado repercute a ata da última reunião do Copom e o IPCA-15, que devem indicar os rumos da condução da política monetária
27/06/2023A agenda econômica nesta terça-feira estará movimentada. Os investidores estarão atentos à divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e à prévia da inflação.
O mercado está à espera da ata da última reunião do Copom em que se decidiu, pela sétima vez consecutiva, pela manutenção dos juros em 13,75% ao ano.
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O documento pode trazer a visão da autoridade monetária sobre a persistência de incertezas em relação ao arcabouço fiscal, a evolução do cenário externo, a dinâmica do crédito doméstico.
Em relatório, o Banco Safra observa que a manutenção da taxa de juros em território contracionista ocorreu para assegurar a convergência da inflação para o redor da meta no horizonte relevante. “No entanto, reduções adicionais das projeções de inflação e a inclusão, em menor grau, do ano calendário de 2025 poderão suportar o início do ciclo de queda de juros em agosto”, informou o banco.
Também nesta terça-feira, será divulgado a prévia da inflação, o IPCA-15. O consenso do mercado prevê estabilidade na comparação mensal, levando a taxa anual a 3,39%.
Lá fora, as atenções se voltam para o Banco Central Europeu. A presidente da instituição, Christine Lagarde, disse nesta terça-feira que a inflação da zona do euro está muito alta e assim continuará por muito tempo.
Neste contexto, Lagarde reiterou que o BCE precisa elevar seus juros a níveis “suficientemente restritivos” e mantê-los nesse patamar “pelo tempo que for necessário”.
Em discurso feito durante evento do BCE em Sintra, Portugal, Lagarde reiterou que a instituição está comprometida a cumprir sua meta de inflação de 2%, “não importa o que vier”.
Lagarde também repetiu que o impacto total das taxas de juros que o BCE implementou desde julho do ano passado ainda não foi sentido. Neste período, o BCE elevou seus juros em um total de 400 pontos-base.
“Mas nosso trabalho não acabou. Se não houver mudança concreta na perspectiva, continuaremos a aumentar juros em julho”, disse Lagarde, referindo-se à próxima reunião de política monetária do BCE. “Não podemos hesitar, e ainda não podemos declarar vitória.” (Com AE)