Basf engrossa lista de empresas que congelaram negócios com a Rússia
A empresa se junta a uma série de companhias ocidentais que congelaram investimentos na Rússia, após a invasão da Ucrânia
04/03/2022A companhia alemã de produtos químicos Basf anunciou a interrupção de novos negócios na Rússia e em Belarus, nesta sexta-feira. A empresa afirmou que continuará realizando atividades já existentes nesses locais em acordo com as sanções ocidentais.
A Basf se junta a uma série de companhias ocidentais que congelaram investimentos na Rússia, após a invasão da Ucrânia. No início desta semana, a Wintershall Dea AG, uma empresa alemã de petróleo e gás que a Basf detém participação majoritária, disse que cancelaria seu financiamento de 1 bilhão de euros, no gasoduto Nord Stream 2 e não daria mais andamento a novos empreendimentos de energia na Rússia.
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“Novas oportunidades de negócios na Rússia e em Belarus não serão buscadas; a única exceção está relacionada à produção de alimentos no contexto de esforços humanitários”, disse uma porta-voz da Basf. Ainda segundo ele, a empresa vai apenas conduzir os negócios já existentes nos países “para cumprir seus compromissos de acordo com as leis, regulamentos e regras internacionais aplicáveis”.
Basf tem negócios na Rússia há um século e meio
A Basf atua na Rússia há mais de 145 anos e tem cerca de 700 funcionários no país trabalhando em 12 localidades. A companhia atende principalmente os setores de indústrias de agricultura, saúde, desenvolvimento automotivo e construção. Em 2021, a Rússia respondeu por cerca de 1% das vendas totais da Basf.
A empresa alemão juntou-se a companhias como Siemens, Toyota, Apple, Ford, ExxonMobil e Dell, que também paralisaram suas atividades na Rússia em represária aos ataques à Ucrânia, afetando a economia russa. A Siemens congelou o desenvolvimento de novos projetos e entregas. Apenas atividades relacionadas a serviços e manutenção vão continuar ativas. (AE)