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Bolsa recua firme na semana e perde os 118 mil pontos

Com dados ruins do varejo, Ibovespa inverte tendência e fecha a semana em queda de 1%, aos 117.710 pontos; dólar fecha a R$ 4,79

Bolsa

Bolsa operou entre perdas e ganhos durante a semana, mas queda no varejo fez o Ibovespa inverter a tendência e fechar em queda | Foto: Divulgação

Em semana de realização, o Ibovespa fechou as negociações em queda e perdeu os 118 mil pontos. O índice recuou 1%, aos 117.710 pontos.

Desde a segunda-feira, a Bolsa operou entre perdas e ganhos e na sexta-feira, com dados mais fracos do varejo no Brasil, recuou firme e perdeu os ganhos acumulados nas quatro primeiras sessões.

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O dólar fechou a sexta-feira em queda de 0,10%, vendido a R$ 4,79, depois de oscilar entre R$ 4,77 e R$ 4,81. Na semana, a moeda americana acumulou queda de 1,46%.

Maiores altas e baixas da Bolsa na semana

Entre os melhores desempenhos da semana, o destaque ficou com as ações de empresas ligadas às commodities. Vale subiu 4,81%, PetroRio, 5,51% e JBS, 7.10%. Completam a lista, a Cyrela que ganhou 3,99% e Méliuz, 3,21%.

No ranking das maiores quedas desta semana, Gol teve uma das maiores baixas, a companhia aérea perdeu 17,25%, Petz recuou 14,03%, Lojas Renner, 12,68%, Azul, 12,16% e BRF, que se desvalorizou 11,71%.

Dados do varejo

O comércio, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), caiu 1% em maio em relação a abril. No ano, o comércio acumula alta de 1.3%. Na comparação interanual, o comércio também caiu 1% frente a maio de 2022, marcando a primeira taxa negativa após nove meses de alta.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas também apresentou queda em maio: 1,1%. A atividade de veículos e motos, partes e peças cresceu 2,1%, enquanto o setor de material de construção teve queda de 0,9%. A média móvel trimestral foi de 0,1%.

Já no confronto contra maio de 2022, o crescimento é de 3% quinto mês consecutivo de variações positivas. O comercio varejista ampliado acumula alta de 3,1% no ano. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação é de 0,2%.

Entre as oito atividades pesquisadas, segundo o IBGE, quatro ficaram com taxas positivas e quatro negativas. Entre as que registraram queda, o destaque foi o setor de varejo de alimentos, que recuou 3,2% após apresentar crescimento de 3,6% em abril.

“Este é um setor que representa mais de 50% da fatia de todas as informações coletadas pela pesquisa. Além disso, a atividade vem de uma aceleração em abril, em um fenômeno que serviu para estancar as quedas anteriores”, explica Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

Expectativa de Fed menos contracionista

No exterior, a semana foi marcada por dados de inflação nos Estados Unidos que mostraram desaceleração nos preços. Na quarta-feira, foi divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,2% em junho ante maio, segundo dados com ajustes sazonais.

Apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, também avançou 0,2% na comparação mensal de junho, vindo igualmente abaixo do consenso do mercado, de ganho de 0,3%.

Na comparação anual, o CPI dos EUA subiu 3% em junho, desacelerando em relação ao aumento de 4% de maio. Já o núcleo do CPI teve incremento anual de 4,8% no mês passado, também perdendo força ante o avanço de 5,3% de maio.

Tanto o CPI anual de junho quanto seu núcleo ficaram abaixo das expectativas de mercado, de +3,1% e +5%, respectivamente. 

Isso fez aumentar as apostas de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) de que a taxa de juros nos Estados Unidos deverá ficar entre 5,25% e 5,50% ao final do ano. Isto significa que autoridade monetária deverá realizar somente mais uma alta na taxa americana em 2023.

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