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Bolsas dos EUA e ADRs de empresas brasileiras caem forte durante o feriado

Recibos de ações de companhias como Petrobras e Vale chegaram a cair 5%. Mercados refletem temor de que aumento dos juros americanos cause recessão

Placa em primeiro plano de Wall Street com bandeiras dos EUA ao fundo em frente a uma das bolsas americanas

Na quarta-feira, 15, o Federal Reserve decidiu elevar o intervalo dos juros americanos em 0,75 ponto percentual | Foto: Getty Images

Com o mercado brasileiro de ações fechado devido ao feriado de Corpus Christi, as atenções dos investidores se voltaram nesta quinta-feira, 16, às bolsas de valores dos Estados Unidos, que fecharam em forte queda.

O índice Dow Jones perdeu 2,42%, fechando aos 29.927,07 pontos, assim como o S&P 500, que desvalorizou 3,14%, aos 3.671,10 pontos. Já o Nasdaq Composite, com peso maior de empresas de tecnologia, caiu 4,08% e fechou o pregão aos 10.646,10 pontos.

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Como consequência, os ADRs (recibos de ações) de empresas brasileiras negociados em Nova York, também caíram forte no pregão.

Os recibos de Petrobras terminaram o dia em queda de 5,33%; os da Vale em desvalorização de 4,52%; os de CSN perderam 5,62%; os de Itaú Unibanco caíram 4,31%.

Refletindo a desvalorização em massa, o ETF EWZ, que replica um índice de companhias brasileiras, perdeu 4,39% no dia.

O movimento de queda generalizado contrasta com o alívio demonstrado na quarta-feira, 15, pelos mercados, saudando a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em subir o intervalo dos juros americanos em 0,75 ponto percentual.

O temor desta quinta-feira sobre a elevação do patamar (entre 1,50% e 1,75%), esteve na possibilidade de haver uma recessão – dois trimestres consecutivos de queda no PIB – nos EUA.

Isso porque o Fed indicou que aumentos futuros da mesma magnitude devem ocorrer, na tentativa de conter a maior inflação do país em 40 anos.

Bolsas na Europa seguem o pessimismo nos EUA

As bolsas europeias seguiram das dos EUA e fecharam em baixa acentuada nesta quinta-feira. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou os negócios com queda de 2,31%, a 403,56 pontos. Apenas o setor de tecnologia, que é mais sensível a um ambiente de juros altos, sofreu um tombo de 4,4%.

As perdas se aceleraram após os bancos centrais da Inglaterra e da Suíça elevarem suas taxas de juros, também na tentativa de frear a inflação.

O BoE, como é conhecido o BC inglês, elevou seu juro em 25 pontos-base pela quinta vez consecutiva, a 1,25%, mas sinalizou que poderá fazer ajustes mais agressivos em caso de pressões inflacionárias mais persistentes.

Já o SNB, o banco central da Suíça, anunciou um inesperado aumento de 50 pontos-base em sua taxa básica, de -0,75% para -0,25%, impulsionando o franco suíço em relação ao dólar e ao euro.

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O índice acionário FTSE 100, de Londres, terminou o pregão desta quinta em baixa de 3,14%, a 7.044,98 pontos, enquanto o alemão DAX caiu 3,31% em Frankfurt, a 13.038,49 pontos.

Já o francês CAC-40 recuou 2,39%, a 5.886,24 pontos, entrando em "bear market" ao acumular perdas de mais de 20% desde que atingiu sua máxima histórica.

O italiano FTSE MIB, o espanhol IBEX 35 e o português PSI 20 tiveram quedas de 3,32%, 1,18% e 2,06%, respectivamente. (Com AE)

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