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Brasil é opção barata para investimentos verdes, diz diretor do BNDES

Para Bruno Aranha, matriz energética majoritariamente limpa do Brasil é uma vantagem competitiva na hora da escolha de locais para produção por parte de grandes empresas

Segundo o executivo, atualmente mais da metade (53%) da carteira do BNDES é composta por investimentos na chamada ‘economia verde’

Mesmo sendo criticado quanto a questões de sustentabilidade, o Brasil é hoje uma opção barata para empresas e países de todo o mundo que buscam cumprir suas metas de descarbonização, seguindo a agenda sustentável ratificada na COP26 – conferência da ONU sobre o clima realizada em 2021.

Essa é a visão de Bruno Aranha, diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que concedeu entrevista à série Cenários, realizada pelo Banco Safra e pelo Estadão, nesta terça-feira, 12.

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Atualmente, o País é responsável por cerca de 3% das emissões globais de gases do efeito estufa (dado apresentado durante a COP26), sendo a maior parte oriunda de desmatamento. Enquanto isso, Estados Unidos e China representam 50% do total mundial.

“O que nós temos aqui no Brasil é a oportunidade de sermos o local onde acontecerão os projetos que propiciarão a neutralidade climática e o cumprimento dos compromissos (sustentáveis). O Brasil tem um grande espaço para reflorestamento e se apresenta hoje como opção mais barata para investimentos em que há reflorestamento”, destacou Aranha.

Além do reflorestamento, o diretor do BNDES afirmou que o País tem uma vantagem competitiva em relação a muitas nações quanto à fontes de energia, o que pode favorecer na escolha de locais para produção por partes de grandes corporações.

“O Brasil tem uma matriz energética extremamente limpa e, com relação à cadeia produtiva, talvez faça mais sentido produzir no Brasil e não em outros países”.

Carteira verde do BNDES

Segundo Bruno Aranha, atualmente mais da metade (53%) da carteira do BNDES é composta por investimentos na chamada ‘economia verde’, que envolve projetos de desenvolvimento socioambiental regidos pela cartilha sustentável ESG (ambiental, social e governança). O volume financeiro chega a R$ 186 bilhões.

“Desde 2015, nós já desembolsamos R$ 161 bilhões (em economia verde). Esses projetos evitaram a emissão a 74 milhões de toneladas de carbono na atmosfera. Isso é comparável a 28 anos sem carros na cidade de São Paulo”, disse Aranha.

Na conversa, o diretor falou ainda sobre projetos não reembolsáveis para promover o desenvolvimento de índices sociais na Região Amazônica em parceria com empresas e governos estaduais.

A entrevista completa pode ser assistida no vídeo no canto superior à direita ou diretamente pelo canal do Safra, no YouTube.

Sobre Bruno Aranha

Aranha é formado em Direito pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), com MBA executivo na Northwester University, dos Estados Unidos.

É funcionário de carreira do BNDES com experiência em Private Equity, Growth Equity, Marketing, Comunicação e Gestão de Estratégia.

Atuou como chefe de gabinete da presidência do BNDES entre 2019 e 2021. Antes disso, trabalhou como diretor de programa no Ministério da Economia, na Secretaria Executiva de Desestatização, Desinvestimento e Mercado.

Todas as entrevistas da série Cenários podem ser assistidas por este link.

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