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Consumo de aço deve cair 2% na América Latina

Segundo a estimativa da Alacero, associação que reúne as siderúrgicas na região, a demanda deve ser em torno de 73 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos

siderurgia

O consumo de aço neste ano deve ser maior do que a média dos anos pré-pandemia, de 2017 a 2019 foi de de 66,1 milhões de toneladas por ano | Foto: Getty Images

Após dois anos de crescimento recorde, o consumo aparente de aço na América Latina deve cair em 2022. O consumo aparente é a produção interna, mais importações, menos exportações. Segundo a estimativa da Alacero, associação que reúne as siderúrgicas na região, o recuo deve ser de 2,1%, alcançando em torno de 73 milhões de toneladas.

De 2017 a 2019, a média foi de de 66,1 milhões de toneladas por ano. “Mesmo com essa queda, é um bom nível em relação aos anos pré-pandemia“, afirmou Alejandro Wagner, diretor executivo da Alacero.

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No ano passado, os mercados latino-americanos consumiram 74,8 milhões de toneladas de aço, uma alta de 26,6% em relação a 2020 e outros 15,4% no comparativo com 2019, período pré-pandemia.

Para Wagner, a queda no consumo aparente em 2022 se deve ao fim do movimento de recomposição de estoques na cadeia produtiva.

Nos dois anos anteriores, a demanda real foi menor do que a demanda existente, em função da maior compra de aço por parte dos clientes que temiam o desabastecimento.

Hoje, o mercado não sofre com falta de produtos siderúrgicos e, com isso, o consumo aparente se regularizou, segundo os produtores.

Em 2021, a produção de aço bruto aumentou 15,7% em relação ao ano anterior, atingindo para um total de 64,8 milhões de toneladas. Já a produção de laminados chegou a 55,7 milhões de toneladas, com alta de 19,5%.

De acordo com dados da Alacero, as exportações no ano passado atingiram 9 milhões de toneladas, 19,9% a mais que em 2020. Já As importações totalizaram 28,8 milhões de toneladas, uma alta de 46,7% em relação a 2020.

“Os números do ano passado mostram mais uma vez a forte resiliência do nosso setor, impulsionado pela construção, setores agrícola e automotivo”, disse Wagner. O presidente da Alacero alertou, no entanto, para as incertezas macroeconômicas da região que podem afetar o mercado siderúrgico.

“Começamos um ano com incertezas domésticas, com eleições, inflação e políticas monetárias rígidas que podem afetar a atividade industrial”, disse. “E a tudo isso se soma a incerteza sobre um conflito global, com o aumento das matérias-primas, bem como do custo de energia global”, conclui Alejandro Wagner.

A Ucrânia é a 14º maior produtor de aço bruto e 8º maior exportador de aço do mundo, de acordo com dados da OCDE. Já a Rússia é o nono maior exportador de minério de ferro do mundo, com produção de 25,7 milhões de toneladas em 2020 e o terceiro maior exportador de carvão.

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