CPI nos EUA e corte de juros na China devem mexer com o mercado nesta terça-feira
Em agenda econômica esvaziada no Brasil, os investidores devem se atentar para os dados divulgados nas duas maiores economias do mundo
13/06/2023Em agenda econômica esvaziada no Brasil, os investidores devem ficar de olho em indicadores divulgados nas duas maiores economias do mundo.
Hoje, o Banco do Povo (PBoC, o banco central chinês) cortou uma de suas taxas de juros, medida que pode levar para baixo as taxas de referência de empréstimos – conhecidas como LPRs -, já que a segunda maior economia do mundo mostrou mais sinais de arrefecimento. A decisão sobre as principais taxas será divulgada na terça-feira, 20.
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O PBoC injetou 2 bilhões de yuans (US$ 279,9 milhões) em liquidez no mercado financeiro por meio do acordo de recompra reversa de sete dias, a uma taxa de juros de 1,9%, abaixo da taxa anterior de 2%.
A medida ocorre depois que o presidente do PBoC, Yi Gang, disse na semana passada que o banco central intensificará os ajustes “anticíclicos” e reduzirá ainda mais os custos de financiamento para a economia. Dados econômicos recentes mostraram que a recuperação da pandemia na China perdeu força sem estímulos do governo, após uma forte recuperação no início deste ano.
Nos Estados Unidos, a expectativa é para a divulgação da inflação ao consumidor (CPI) que deve dar pistas sobre a condução da política monetária pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano).
O consenso é de uma desaceleração do indicador, que deve avançar 0,2% ante abril, quando o CPI subiu 0,4%. Já em 12 meses a inflação deve ficar em 4,1%.
Para o núcleo da inflação, a expectativa é de variação mensal de 0,4% (a mesma registrada em abril) e de 5,2% em 12 meses.
Caso se comprove a desaceleração é provável que o Fed decida pelo fim do aperto monetário nos Estados Unidos nesta quarta-feira.
Por aqui, as atenções se voltam para o noticiário político com as articulações para a aprovação do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária no Congresso Brasileiro.