Dívida Pública Federal cresce 2,48% e ultrapassa os R$ 6,3 trilhões
Prazo médio da dívida pública federal caiu para 4,04 anos em novembro, segundo dados do Tesouro Nacional
27/12/2023A Dívida Pública Federal (DPF) terminou novembro em R$ 6,325 trilhões, conforme divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Tesouro Nacional no Relatório Mensal da Dívida. O número representa alta de 2,48%, sempre em relação ao mês anterior.
Considerando os números do Plano Anual de Financiamento (PAF), a DPF encerrou o mês passado fora dos limites, que variam entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões no ano.
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Já a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) alcançou R$ 6,075 trilhões, alta de 2,49%. Por sua vez, a Dívida Pública Federal Externa somou R$ 250 bilhões (US$ 244 bilhões), alta de 2,34%.
As emissões da DPF corresponderam a R$ 133,99 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 24,72 bilhões, o que resultou em emissão líquida de R$ 109,26 bilhões.
Desse total líquido, R$ 99,94 bilhões referem-se a emissão líquida da DPMFi e R$ 9,32 bilhões referem-se a resgate líquido da Dívida Pública Federal Externa.
O percentual vincendo em 12 meses da DPF ficou em 20,48%, contra 20,81% no mês anterior.
Por fim, o prazo médio ficou em 4,04 anos em novembro, contra 4,09 anos em outubro. Considerando a metodologia “Average Term to Maturity”, que permite melhor comparação do Brasil com outros países, a vida média da DPF passou de 5,45 anos para 5,37 anos.
O custo médio acumulado em 12 meses do estoque da DPF fechou novembro em 10,65% ao ano, contra 10,86% ao ano registrado no mês anterior. Já o custo médio da DPMFi ficou em 11,18%, depois de marcar 11,27%.
No caso das emissões, o custo médio em oferta pública da DPMFi acumulado em 12 meses foi de 11,68% em novembro (11,84% em outubro).
Nesse caso, as Letras do Tesouro Nacional (LTN) tiveram custo médio de 11,57% (11,67%), enquanto o custo para colocação de Notas do Tesouro Nacional Série F (NTN-F) fechou o mês em 11,48% (11,53%). As NTN-B tiveram custo de 9,10% (9,39%) e as LFTs saíram a 13,27% (13,48%).
A participação dos papéis pós-fixados na DPF variou de 39,19% em outubro para 39,38% em novembro. Pelos limites do PAF, essa participação deve variar entre 38% e 42% em 2023.
Títulos prefixados representam 26% da dívida pública federal
Já os títulos prefixados representaram 26,20% da DPF (contra 25,98% da DPF em outubro). Os papéis ligados a índices de preços representaram 30,27% do total (30,65%). Já aqueles ligados a câmbio ficaram em 4,16% (4,18%).
Pelos parâmetros do PAF, a participação dos papéis prefixados deve ficar entre 23% e 27% da DPF em 2023. Já os atrelados a índice de preços devem variar de 29% a 33% e os papéis ligados ao câmbio devem ficar entre 3% e 7%.
A participação de investidores não-residentes na DPMFi variou de 10,18% em outubro para 9,94% em novembro. Em valores absolutos, a fatia saiu de R$ 603,23 bilhões para R$ 603,96 bilhões.
Os fundos de investimento mantiveram a participação em 23,45% (23,45% em outubro). As instituições de previdência fecharam em 23,08% (23,29%). As instituições financeiras encerraram o mês respondendo por 28,89% (28,28%). O governo respondeu por 3,92% (4,02%). Já as seguradoras ficaram com 4,11% (4,08%).
O colchão de liquidez da dívida pública terminou novembro em R$ 908,86 bilhões, contra R$ 815,60 bilhões em outubro. O colchão é suficiente para cobrir 8,34 meses de vencimentos de títulos à frente.
Em outubro, o colchão era suficiente para cobrir 8,7 meses de vencimentos à frente.