Juros futuros sobem e Ibovespa cai com expectativa das decisões do Fed e Copom

Na véspera das decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, as taxas dos juros futuros encerraram o pregão ontem em ligeira alta.

Em meio à espera dos agentes por novas pistas sobre a direção das taxas de juros no curto prazo, dados de emprego voltaram a indicar que o mercado de trabalho americano segue apertado — diminuindo, portanto, as esperanças em um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em março. Assim, os rendimentos dos títulos curtos do Tesouro americano (Treasuries) terminaram a sessão em alta e acabaram pressionando os ativos de risco.

No Brasil, a taxa do contrato de Depósito Interbancário (DI) para janeiro de 2025 subiu de 9,97% da sessão anterior para 10,00%; para janeiro de 2026 passou de 9,655% para 9,715%; para janeiro de 2027 foi de 9,835% para 9,895% e para janeiro de 2029 avançou de 10,295% para 10,355%. O DI é uma média do custo de empréstimos realizados entre bancos, via CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que acompanha a Selic. Geralmente, o DI equivale à Selic descontada de 0,10 ponto percentual.

Ibovespa fecha em queda

Ontem o Ibovespa fechou em queda de 0,86%, aos 127.403 pontos. Faltando um dia para fechar o mês, o principal índice da Bolsa brasileira acumula queda de 5,05% desde o início do ano.

Das 87 ações do Ibovespa, 76 caíram no pregão desta terça-feira. O destaque negativo foi a ação da Gol, que caiu mais 27%, depois de um tombo de 34% na véspera, após o pedido de recuperação judicial aberta nos Estados Unidos na última sexta-feira.

A ação da Vale chegou a registrar baixa firme no início do dia, mas reduziu as perdas, enquanto o papel da Gol fechou com forte queda em seu último pregão no Ibovespa.

A mínima intradiária foi de 127.105 pontos, enquanto a máxima alcançou os 128.492 pontos. O volume financeiro do índice no dia (até as 18h15) foi de R$ 16,24 bilhões. Em Nova York, S&P 500 caiu 0,06%, aos 4.925 pontos, Dow Jones avançou 0,35%, para 38.467 pontos, e Nasdaq perdeu 0,76%, aos 15.510 pontos.

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O dólar comercial encerrou a sessão desta terça-feira estável, mesmo após dados mais fortes dos Estados Unidos do mercado de trabalho.

O dólar à vista fechou cotado R$ 4,9454, depois de bater a mínima de R$ 4,9346 e tocar a máxima de 4,9814.

Expectativa da superquarta afeta Ibovespa e dólar

A sessão começou com moedas ligadas a commodities mais penalizadas. Depois da divulgação dos números de vagas não preenchidas nos EUA, o dólar passou a ter uma valorização mais global.

À tarde, porém, o preço de algumas commodities melhorou (como o do petróleo), beneficiando moedas como o real, o peso mexicano e o rand sul-africano.

Perto das 17h05, o contrato futuro do dólar para fevereiro operava em queda de 0,16%, a R$ 4,9465, enquanto o índice DXY marcava queda de 0,21%, aos 103,391 pontos. (Valor Econômico)

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