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Em meio à crise hídrica, energia eólica tem recordes de produção no Nordeste

ONS registra nesta segunda-feira, 12, o segundo pico de produção suficiente para cobrir mais de 100% da demanda de toda a região

Campo com torres de energia eólica no Nordeste do Brasil, onde é registrada série de recorde de produção

Desde 2019, a energia eólica é a segunda principal fonte de energia no País, atrás apenas da hidrelétrica | Foto: Getty Images

A Região Nordeste registrou nesta segunda-feira, 12, um novo recorde neste ano na produção de energia eólica.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a geração de eletricidade a partir dos ventos atingiu às 9h28 um pico de 11.715 megawatts (MW).

O volume é suficiente para abastecer a 106,8% de toda a região no minuto do recorde.

Nesse sentido, o recorde de energia eólica, que faz parte de uma série iniciada em abril, acontece em meio à uma das piores crises hídricas já registradas no Brasil e que afeta a produção das hidrelétricas.

A crise já se refletiu de forma contundente na conta de luz dos brasileiros, pressionando a inflação.

Desde 2019, a energia eólica é a segunda principal fonte de energia no País, atrás apenas da hidrelétrica, segundo a Abeeólica, que congrega as empresas do setor.

Sequência recorde

Este é o segundo registro histórico de produção de energia eólica que ultrapassa 100% da demanda nordestina feito pelo ONS.

À meia noite da última sexta-feira, 9, a geração instantânea bateu 11.464 MW, o que corresponde ao fornecimento de 100,8% do Nordeste.

Um dia antes, a produção de eletricidade chegou a 11.548 MW, energia capaz de abastecer a 99,2% de toda a região.

Além dos níveis mencionados, o ONS registrou recentemente os seguintes picos: em 2 de julho, com registro de produção de 11.354 MW; em 28 de junho, com geração instantânea de 10.856 MW; em 26 de maio, quando foram produzidos 10.612 MW; e em 8 de abril, quando 9.257 MW foram produzidos.

Recordes de energia eólica indicam caminho

Segundo o ONS, a energia eólica hoje representa 10,7% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que chegue ao fim de 2025 atingindo 13,2%.

O Brasil concluiu o primeiro semestre de 2021 com 1.787,4 MW produzidos a partir dos ventos acrescidos à matriz energética do País.

Somente em junho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) liberou 407,23 MW para operação comercial, sendo 284,46 MW a partir de usinas eólicas, representando aproximadamente 70% do total do mês.

Ainda no último mês, a Abeeólica informou que o Brasil atingiu a marca de 19 gigawatts de capacidade instalada em energia eólica.

O volume foi alcançado por meio de 726 parques instalados em território nacional.

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