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Eólicas no mar vão produzir energia de quatro usinas iguais a Belo Monte

Nova lei vai atrair investidores para o grande potencial de geração de energia eólica offshore, explica o autor da lei, senador Jean-Paul Prates (PT-RN), em live promovida pelo Safra

Eólicas no mar

Marco legal cria regras para projetos em áreas marítimas pertencentes à União para a instalação de torres eólicas | Foto: Getty Images

A regulamentação de parques eólicos em alto mar no litoral brasileiro deve atrair investimentos estrangeiros para a nova fronteira da energia limpa no Brasil. Segundo o senador Jean-Paul Prates (PT-RN), autor do projeto, a tecnologia ainda inexplorada no país permitirá aproveitar um grande potencial de geração eólica, uma fonte com grande vantagem econômica. Já estão em análise no Ibama 3.486 pedidos de instalação de cataventos no litoral brasileiro.

Os projetos somam mais de 40 mil megawatts de energia, volume equivalente ao potencial total de quatro hidrelétricas de Belo Monte, a maior hidrelétrica do país. O marco legal da energia off-shore foi tema de live promovida pelo Banco Safra, em março do ano passado, com o senador Jean-Paul Prates e Joaquim Levy, diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados no Banco Safra. O debate está disponível no Youtube.

O senador Jean-Paul Prates destaca que a fonte eólica desperta interesse de investidores por ser uma forma de geração limpa, fator que ganha cada vez mais importância para as empresas e fundos de investimento que precisam comprovar sua atuação em termos de sustentabilidade.

A publicação da nova lei cria regras para o acesso de investidores com projetos em áreas marítimas pertencentes à União para a instalação de torres com turbinas eólicas ou unidades de geração de energia solar e de aproveitamento da força das ondas.

Saiba mais

Ibama analisa projetos de geração eólica no litoral

Os parques eólicos serão erguidos nos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Cada empreendimento tem uma distância diferente em relação à costa, variando de um quilômetro a 20 quilômetros.

O Decreto 10.946 foi publicado na quarta-feira, 25, em edição extra do Diário Oficial da União, pelo Ministério de Minas e Energia. Ele define as regras para este mercado já explorado em diversos países da Europa.

O texto prevê o aproveitamento em águas interiores de domínio da União, no mar territorial, na zona econômica exclusiva e na plataforma continental, para geração de energia elétrica dos chamados “empreendimentos offshore”, ou seja, no mar.

Nova fronteira para a geração de energia sustentável

Um dos projetos em análise pelo Ibama, Rio Grande do Sul, pretende erguer 482 torres em uma única região.

No segundo semestre do ano passado, os ventos responderam por uma média de 20% do abastecimento elétrico nacional diário. Em horários de pico, as eólicas chegam a atender cerca de 23% do mercado total de energia do Brasil.

A fonte eólica já representa 19 mil megawatts instalados. São mais de 720 parques que, diariamente, colocam para girar mais de 8,5 mil cataventos nos principais corredores de vento do território nacional.

Segundo o senador, o estado do Rio Grande do Norte tornou-se autossuficiente em energia com o aproveitamento da energia eólica em terra. Segundo ele, em alguns momentos do ano cerca de 80% da energia eólica do Nordeste já é suprido pelas usilas eólicas.

Sobre a competitividade da energia eólica hoje no Brasil, o senador cita o resultado dos leilões de energia livre pelo qual o governo contrata a energia a ser produzida e distribuída no Brasil. Competindo com outras formas de energia, a fonte eólica conquistou espaço nos últimos leilões, com contratos de 1 gigawatt de energia no leilão de 2010.

Além da vantagem econômica, a fonte eólica desperta interesse de investidores por ser uma forma de geração limpa, fator que ganha cada vez mais importância para as empresas.

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