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Ibovespa inicia semana em alta de 1,11%, com estímulos na China

Com medidas de estímulo à economia anunciadas na China, Bolsa de Valores acompanhou o bom humor externo e retomou os 117 mil pontos

Cotações

Dólar perdeu fôlego na última hora de negócios em meio a máximas do Ibovespa e encerrou a sessão praticamente estável a R$ 4,87 | Foto: Getty Images

Com giro reduzido nesta abertura de semana, o Ibovespa acentuou ganhos em direção ao fechamento do dia e retomou a linha dos 117 mil pontos, vindo de baixas em torno de 1% nas duas sessões anteriores. Hoje, com foco em medidas de estímulo anunciadas na China, o Ibovespa oscilou dos 115.835,71, mínima semelhante à abertura (115.838,36), até os 117.252,99 (+1,22%), da máxima no fim da tarde, com giro a R$ 17,6 bilhões no fechamento.

Com isso, o índice encerrou em alta de 1,11%, aos 117.120,98 pontos, ainda cedendo 3,95% no mês, que termina na quinta-feira. No ano, com a retração de agosto – que, caso venha a se confirmar, será o primeiro recuo mensal desde a queda de 2,91% em março -, o índice limita a alta acumulada em 2023 a 6,73%.

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O dia foi de recuperação para as ações do setor financeiro, com ganhos nas de grandes bancos que chegaram a 3,39% (Itaú PN) e a 3,24% (Bradesco PN) no fechamento da sessão – no mês, as perdas no segmento ainda chegam a 9,23% (Bradesco ON), entre as maiores instituições, à exceção de BB (com a ON em avanço de 1,71% neste agosto).

No setor de commodities, destaque nesta segunda-feira para Vale (ON +1,43%), que ainda acumula perda de 6,64% em agosto. Petrobras ON e PN subiram hoje, respectivamente, 1,03% e 1,13%. Na ponta do Ibovespa na sessão, Minerva (+4,21%), Marfrig (+3,54%) e Itaú (+3,39%), com Pão de Açúcar (-6,78%), Via (-6,45%) e Méliuz (-4,28%) no lado oposto.

No exterior, a agenda da semana reserva leitura de julho sobre o PCE, métrica de inflação ao consumidor nos Estados Unidos acompanhada de perto pelo Federal Reserve, na quinta-feira, e no dia seguinte, sexta, o relatório oficial sobre o mercado de trabalho americano, o payroll de agosto.

Nesta segunda-feira, os mercados iniciaram o dia em tom favorável, após ter havido, na sexta, alguma volatilidade em torno das observações do presidente do Fed, Jerome Powell, no simpósio anual de Jackson Hole.

Desde cedo, prevaleceu o bom humor após as medidas anunciadas na China, que resultaram em ganhos na casa de 1%, na sessão, nas principais praças da Ásia e Europa que tiveram negócios nesta segunda-feira, com feriado em Londres nesta abertura de semana, o que limitou a liquidez no continente.

Com o mercado ainda atento à situação fiscal, os investidores tomaram nota, perto do fim da sessão, do anúncio feito pelo governo de que editará, ainda hoje, Medida Provisória para tributar fundos exclusivos – a previsão é de que venha a arrecadar R$ 24 bilhões entre 2023 e 2026.

Dólar perde fôlego e fecha cotado a R$ 4,87

Após passar a maior parte do dia em alta, o dólar perdeu fôlego na última hora de negócios e, em meio a máximas do Ibovespa, encerrou a sessão praticamente estável.

A troca de sinal moeda americana no mercado doméstico coincidiu com a divulgação de detalhes das medidas do governo para tributar fundos exclusivos e offshores, duas ações consideradas essenciais para o cumprimento da meta de zerar o déficit primário de 2024. Com máxima a R$ 4,9116 à tarde, a moeda fechou cotada a R$ 4,8753 (-0,01%). A mínima, logo após a abertura, foi a R$ 4,8656. No mês, o dólar ainda acumula alta de 3,08% – o que reduz a desvalorização no ano para 7,66%.

Operadores afirmam que o dia foi de ajustes e operações pontuais de realização de lucros, após a baixa de 1,86% da divisa na semana passada. Na expectativa pela agenda pesada aqui e lá fora nos próximos dias, os investidores adotaram uma postura cautelosa, o que resultou em pregão de liquidez bem reduzida. Principal referência do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para setembro movimentou menos de US$ 8 bilhões.

Passado o efeito da aprovação final do arcabouço fiscal na Câmara do Deputados na semana passada, as atenções se voltaram à tramitação do Orçamento e do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 – que precisa ser concluída até 31 de agosto. Na reta final do pregão, o Planalto informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina hoje Medida Provisória para tributar os fundos exclusivos e um projeto de lei com taxação para trusts e offshores.

Segundo o ministério da Fazenda, a MP dos fundos exclusivos tem potencial de arrecadar R$ 3,21 bilhões em 2023, compensando as perdas com a mudança da tabela do Imposto de Renda. Para 2024, a expectativa é de arrecadação de R$ 13,28 bilhões. Já o PL de offshore, enviado com urgência constitucional para a Câmara dos Deputados, teria, segundo a Fazenda, potencial de arrecadar R$ 7,05 bilhões no ano que vem. (AE)

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