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Em sessão de perdas e ganhos, Ibovespa fecha em estabilidade

A Bolsa alcançou 112. 897 pontos, alta de 0,04%, depois de oscilar entre 112.632 e 113.887 pontos; o volume financeiro foi de R$ 24,8 bilhões

ibovespa

O que deu fôlego à Bolsa nesta sessão foram os dados do IPCA-15l, que mostraram deflação em agosto agosto | Foto: Getty Images

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em quase estabilidade nesta quarta-feira seguindo o movimento dos mercados internacionais. A Bolsa alcançou 112. 897 pontos, próxima da estabilidade (alta de 0,04%), depois de oscilar entre 112.632 e 113.887 pontos. O volume financeiro girou em R$ 24,8 bilhões.

Depois de uma sessão de perdas e ganhos, com o resultado desta quarta-feira, o índice acumula ganhos de 1,24% nesta semana e 9,37% em agosto. No ano, a Bolsa evolui 7,66%.

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Os índices americanos, que também operaram em volatilidade nesta quarta-feira, ganharam tração no final do pregão e fecharam em alta. Dow Jones subiu 0,19%, S&P500, 0,30% e Nasdaq, 0,41%.

Nesta quarta-feira, os investidores ainda estavam em busca de pistas sobre a condução da política monetária nos Estados Unidos. Amanhã começa o Simpósio de Jackson Hole do Federal Reserve (Fed, banco central americano) em Jackson, no Estado de Wyoming, nos Estados Unidos.

O mercado apostava que neste evento os integrantes do Fed poderiam dar indicações de uma subida mais agressiva dos juros nos Estados Unidos. No entanto, dados recentes divulgados esta semana aumentam as apostas de que a autoridade monetária será menos contracionista na próxima reunião agora em setembro.

O índice de atividade da economia dos Estados Unidos registrou contração pelo segundo mês consecutivo. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do país recuou de 47,7 em julho a 45,0 na preliminar de agosto, o menor nível desde fevereiro de 2021. Com isso, o dado entrou mais firmemente em território de contração, abaixo de 50 nessa pesquisa.

Já o PMI da indústria do país recuou de 52,2 em julho a 51,3 na prévia de agosto, mínima em 25 meses, ante previsão de 51,9 dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal

O PMI de serviços dos EUA, por sua vez, teve baixa de 47,3 em julho a 44,1 na preliminar de agosto, na mínima em 27 meses, quando a expectativa era de alta a 49,0. Ambos os resultados foram os mais baixos desde meados de 2020.   

Esta retração na atividade econômica nos EUA fez com que o mercado tivesse mais movimentos inconstantes nesta sessão.

Nem mesmo as commodities, que puxaram a alta forte do Ibovespa no dia anterior, sustentaram a subida firme do índice. Vale recuou 3,13% e já a Petrobras fechou em alta de 0,66% (PETR4) e 0,75% (PETR3).

O que deu mais fôlego à Bolsa nesta sessão foram os dados prévios de inflação no Brasil. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, ficou em -0,73% em agosto, após variação de 0,13% em julho.

Foi a menor taxa registrada desde o início da série histórica, iniciada em novembro de 1991. Apesar da queda recorde, os preços de Alimentação e bebidas (1,12%) e Saúde e cuidados pessoais (0,81%) continuaram subindo.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,02% e, em 12 meses, de 9,60%, abaixo dos 11,39% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2021, a taxa foi de 0,89%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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