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Após ata do Fed, bolsas reagem e Ibovespa fecha no azul

A Bolsa avançou 0,43%, aos 98.918 pontos, depois de oscilar entre 97.423 e 99.141 pontos; o volume financeiro desta sessão somou R$ 21,7 bilhões

Mercado financeiro

Em ata, o Fed considera que deve ser adequado um aumento dos juros em 0,5 ou 0,75 ponto percentual na próxima reunião | Foto: Getty Images

O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira, que operava em queda boa parte do pregão, reagiu positivamente à ata do Federal Reserve (Fed, banco central americano).

Com isso, a Bolsa fechou em alta de 0,43%, aos 98.918 pontos, depois de oscilar entre 97.423 e 99.141 pontos. O volume financeiro desta sessão somou R$ 21,7 bilhões.

Os índices americanos também recuperaram as perdas com a divulgação do documento da autoridade monetária dos Estados Unidos. Dow Jones evoluiu 0,23%, S&P 500, 0,36% e Nasdaq 0,35%.

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Os investidores monitoraram a condução das políticas monetárias das grandes economias, como os Estados Unidos. Nesta quarta-feira, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) divulgou a ata da última reunião em que se aumentou os juros para um intervalo de 1,50% a 1,75% ao ano.

No documento, o Fed considera, para a próxima reunião, em 26 e 27 de julho, que deve ser adequado um aumento dos juros em 0,5 ou 0,75 ponto percentual. A ata mostra que, na avaliação dos dirigentes, o quadro econômico, com inflação bem acima da meta de 2%, exige uma “postura restrita” na política monetária.

Os dirigentes admitem que o aperto monetário pode reduzir o ritmo do crescimento da atividade “por um tempo”, mas consideram “crucial” que a inflação retorne à meta, a fim de que se possa conseguir máximo emprego “em uma base sustentada”.

“Os índices futuros nos EUA operam próximos da estabilidade em meio à preocupação com a possibilidade de recessão”, informa o Banco Safra em relatório. “De acordo com a Bloomberg Economics, as chances de recessão nos EUA no próximo ano são de 38%.”

Além disso, a preocupação de novas restrições na China em razão de novos focos de covid-19, afetou as commodities esta manhã. O contrato de minério de ferro para o próximo mês na Bolsa de Cingapura chegou a recuar 5,4%, para US$ 106,45 a tonelada. A queda foi de 1,3%, a US$ 111.

Na bolsa chinesa de Dalian, no entanto, o contrato mais negociado do ingrediente siderúrgico, para o mês de setembro, fechou as negociações com alta de 1,8%, a 747 yuans (US$ 111,42) a tonelada, depois de oscilar descontroladamente entre perdas e ganhos ao longo da sessão.

O petróleo, após o tombo da sessão da véspera, iniciou os negócios em alta, mas passou a cair no meio da sessão. Assim, o barril do Brent fechou em queda de 2,02% e foi negociado a US$ 100,69.

O papel da Vale subiu 0,97%. Já a Petrobras, que começou o pregão em alta, recuou fortemente. O PETR4 caiu 1.14% e o PETR3 1,05%.

No Brasil, as atenções continuam na possibilidade de aumento do endividamento no país com a aprovação Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos combustíveis na Câmara. A medida já passou pelo Senado Federal e agora tramita na Câmara dos Deputados.

Com mais um novo benefício, um auxílio-gasolina para taxistas, o custo do pacote que vai ficar fora do teto de gastos chega a R$ 41,2 bilhões. Segundo o governo, as medidas têm como objetivo reduzir o impacto da disparada dos combustíveis.

Segundo o Banco Safra, os gastos além do teto podem ser superiores aos R$ 41,2 bilhões, com o aumento do valor do Auxílio Brasil, Vale gás e a inclusão do auxílio para motoristas de app.

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