Inflação na China abaixo da expectativa abre espaço para afrouxamento monetário

A taxa anual da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China subiu 0,1% em abril, segundo dados oficiais divulgados pelo Bureau Nacional de Estatísticas (NBS). O resultado apresentou ritmo menor do que o esperado por analistas consultados pelo FactSet, que previam alta de 0,3%.

Já a inflação ao produtor (PPI) da China teve queda anual de 3,6% em abril. O consenso no levantamento do FactSet era de recuo menos acentuado, de 3,2%. Em relação a março, o CPI chinês diminuiu 0,1% em abril, enquanto o PPI cedeu 0,5%.  A inflação muito baixa na China, com preços de bens e alimentação caindo, mas inflação de serviços subindo, pode abrir espaço para o Banco Central chinês realizar um afrouxamento monetário, segundo análise dos especialistas do Banco Safra. 

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Bancos da China reduzem concessão de empréstimos

Os bancos da China reduziram drasticamente a concessão de empréstimos no mês passado, sugerindo menor apoio oficial à recuperação pós-pandemia da segunda maior economia do mundo.

Em abril, os bancos chineses liberaram 718,8 bilhões de yuans (US$ 103,67 bilhões) em novos empréstimos, montante bem abaixo dos 3,89 trilhões de yuans repassados em março, segundo dados publicados hoje pelo PBoC.

A cifra de abril foi bem inferior à expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam 1,33 trilhão de yuans em novos empréstimos.

O financiamento social total, uma medida mais ampla do crédito na economia chinesa, também sofreu forte queda de março para abril, de 5,38 trilhões de yuans a 1,22 trilhão de yuans.

A base monetária da China (M2), por sua vez, teve acréscimo anual de 12,4% em abril, perdendo força ante a alta de 12,7% de março. O resultado do mês passado ficou levemente abaixo da projeção do mercado, de incremento de 12,5%. (AE)