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Inflação nos EUA surpreende e adia o corte dos juros para junho

O índice de preços ao consumidor de janeiro nos Estados Unidos subiu 0,3% em janeiro e acumula 3,1% em 12 meses; cresceram as apostas para corte de juros a partir de junho

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Inflação nos EUA veio forte em janeiro e mostra que trabalho do Federal Reserve ficou mais difícil | Foto: Getty Images

O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos em janeiro veio mais forte que o esperado, mostrando que a economia e a inflação seguem resilientes e que trazê-la para a meta de 2% do Federal Reserve (Fed) pode ser mais difícil que o esperado anteriormente. Assim, as expectativas de cortes nas taxas de juros dos EUA no curto prazo ficam ainda menores, com o mercado passando a precificar majoritariamente o primeiro corte apenas em junho.

O CPI de janeiro subiu 0,3% ante dezembro e 3,1% na base anual, acima dos respectivos consensos de 0,2% e 2,9%. Já o núcleo do CPI de janeiro avançou 0,4% na base mensal e 3,9% no ano, maiores que os consensos de 0,3% e 3,7%.

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Com os dados acima do esperado, o dólar e os rendimentos dos Treasuries dispararam, atingindo seus maiores níveis desde novembro.

Inflação forte nos EUA adia corte de juros

Para Matthew Ryan, estrategista da Ebury, a possibilidade de um corte de juros pelo Fed em março ficou ‘totalmente morta’ depois do CPI de janeiro. “Um possível corte em maio também está bastante ameaçado”, disse.

De acordo com os dados do CME Group, o mercado já precifica o primeiro corte em junho, com 52,4% das apostas, ante 42% antes da divulgação do CPI.

Já as apostas de um primeiro corte em maio recuaram de 52% para 36% nesta terça-feira. O CME Group também aponta que a quantidade de cortes previstos para este ano caiu de cinco para quatro, com projeção de os juros estarem no intervalo de 4,25% a 4,5% no fim de 2024, ante os atuais 5,25% a 5,5%.

“Estes números apoiam o Fed a manter as taxas mais altas durante mais tempo, já que o presidente Jerome Powell disse recentemente que queria ter mais confiança de que a inflação estava caindo para a meta de 2% de forma sustentável antes de cortar os juros. Os números de hoje não proporcionam essa confiança”, disse Paul Toft, gestor-sênior de portfólio do Key Private Bank. (Valor Econômico)

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