Inflação nos EUA tende a acelerar ao longo do ano

Com olhos para um mundo pós-pandemia, os mercados internacionais iniciaram o debate sobre a retomada da inflação, principalmente nos Estados Unidos, na China e nos países europeus. Todos se recuperam lentamente da recessão causada pela crise sanitária.

O movimento de aumento dos preços após um período de crise financeira é chamado de reflação.

A expectativa de uma retomada da inflação mundial ao longo do ano se torna provável devido a alguns indicadores e políticas de bancos centrais em todo o mundo.

O Banco Safra divulgou uma análise feita pela sua equipe de macroeconomia, que investigou as perspectivas de inflação no exterior, com destaque para os EUA.

Inflação dos EUA dentro da meta

Nos Estados Unidos, por exemplo, a previsão do Safra é que a inflação deve subir e ficar acima de 2% em 2021.

Este é o nível definido como objetivo de longo prazo pelo banco central americano, o Federal Reserve (Fed).

Para o banco, a estimativa é que o índice inflacionário estadunidense chegue a 2,5%. Quanto ao núcleo de exclusão – medida que retira da conta itens mais voláteis -, a alta deve ser de 2,3%.

Curto prazo

Boa parte dos produtos de consumo americano depende de cadeias de produção internacionais.

Isso faz com que os preços aos consumidores nos EUA se movimentem, mesmo que com certa defasagem, juntos aos preços internacionais.

Por isso, os especialistas do Safra acreditam que a inflação nos EUA pode crescer em um ritmo mais forte já no início de 2021, uma vez que os preços industriais na China têm aumentado nos últimos meses.

Além disso, a análise do Banco Safra informa que a percepção do empresariado chinês é de aumento nos preços de insumos industriais – o que afeta os preços.

O sucesso da vacinação nos próximos três meses, pontua o Safra, pode impulsionar ainda mais uma recuperação rápida da economia.

A análise completa sobre a retomada da inflação – ou reflação – nos EUA e no mundo está disponível para leitura na Central de Conteúdo do Safra.