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Mercado de trabalho estável nos EUA favorece Ibovespa e câmbio

Bolsa brasileira voltou a subir após dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos mostrarem pouca variação

Bolsas

As vagas em aberto no mercado de trabalho dos Estados Unidos subiram de 8,733 milhões para 8,8 milhões | Foto: Getty images

A bolsa brasileira e o câmbio tiveram uma ligeira melhora após a divulgação de dados de emprego dos Estados Unidos. Os ativos que iniciaram a sessão em queda, flertavam com uma melhora pouco antes da apresentação do indicador de vagas em aberto (Jolts) de novembro.

O número de vagas de trabalho em aberto na economia dos Estados Unidos ficou praticamente estável em novembro, a 8,8 milhões, registrando ligeira alta ante os 8,733 milhões de outubro, e abaixo de 9,3 milhões de vagas registradas em setembro, segundo dados do relatório “Job Openings and Labor Turnover Survey” (Jolts), divulgado há pouco pelo Departamento do Trabalho.

Tanto o número de contratações como o de demissões recuaram em novembro. O número de contratações ficou em 5,5 milhões em novembro ante 5,9 milhões em outubro. E o número total de demissões (voluntárias, por iniciativa do empregador ou em massa) ficou em 5,3 milhões ante 5,6 milhões em outubro.

Houve diminuição no número de contratações nos serviços de transporte, armazenagem e concessionárias (-128 mil) e a abertura de vagas aumentou no comércio varejista (+63 mil), informa o Departamento do Trabalho.

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Perto das 12h20, o dólar era negociado em queda de 0,11%, a R$ 4,9093, depois de ter tocado a mínima de R$ 4,8998 e encostado na máxima de R$ 4,9405. Já o índice futuro para fevereiro da moeda americana recuava 0,31%, a R$ 4,9260.

O Ibovespa, que começou o dia em queda, virou e passou a operar em leve alta nos minutos seguintes à divulgação dos dados. No mesmo horário, o índice avançava 0,13%, aos 132.876 pontos, mesmo com os índices de Nova York ainda em queda. Na máxima do dia, chegou a superar os 133 mil pontos, patamar perdido no pregão anterior.

Dados do mercado de trabalho nos EUA deixam mercado apreensivo

As bolsas de Nova York repetem o movimento de ontem ao abrirem em queda nesta quarta-feira, com o mercado apreensivo antes da divulgação da ata da reunião de dezembro do Federal Reserve (Fed) nesta tarde.

Por volta de 12h15 (de Brasília), o índice Dow Jones exibia baixa de 0,56%, a 37.504,07 pontos; o S&P 500 recuava 0,64%, a 4.712,70 pontos; e o Nasdaq cedia 0,92%, a 14.629,96 pontos.

O foco na sessão de hoje está sobre a política monetária americana e sinais de que a ata do Fed pode servir como contraponto à previsão otimista do mercado para os cortes de juros neste ano.

Dirigentes do banco central dos Estados Unidos têm alertado contra a precificação de cortes agressivos desde meados de dezembro, e hoje o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, reafirmou a comunicação mais conservadora.

Segundo ele, o cenário de pouso suave não é inevitável e altas de juros ainda podem ocorrer se alguns riscos para a economia americana se concretizarem. Além disso, o dirigente defendeu que não há “piloto automático” para a política monetária em 2024, e os dados continuarão sendo importantes para determinar o período e a extensão do ciclo de corte de juros.

“A ata será importante porque são as percepções sobre a política monetária, e não as tendências econômicas, que estão mudando no momento”, argumenta Paul Donovan, economista-chefe do UBS Group. “O fluxo de dados recentes continua consistente com um pouso suave e com a desaceleração da inflação. Mesmo as surpresas geralmente não são tão surpreendentes. Reavaliar a velocidade e o momento da flexibilização monetária tem consequências para o mercado e não para a economia”.

A cautela do mercado antes da ata do Fed não afeta somente as bolsas, como também os Treasuries. Hoje, a taxa da T-note de 10 anos atingiu 4% pela primeira vez desde 14 de dezembro, período logo depois da última reunião do Fed em que o presidente Jerome Powell soou bem mais dovish do que os mercados esperavam.

No lado dos indicadores, os dados não surpreenderam os investidores e praticamente não afetaram as bolsas nova-iorquinas. O relatório Jolts de empregos mostrou pouca variação entre outubro e novembro, com as vagas em aberto no mercado de trabalho dos Estados Unidos subindo de 8,733 milhões para 8,8 milhões. Já o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) avançou de 46,7 a 47,4 pontos, próximo dos 47,2 pontos previstos por economistas. (Valor Econômico)

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