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Operação com Petrobras e Vale com capital protegido

Petrobras e Vale são boas alternativas de investimento, mas com estruturas de derivativos que ofereçam proteções contra eventual desvalorização

Mulher investidora

Aos 107 mil pontos, Bolsa brasileira tem ações baratas, com muitas empresas sendo negociadas a múltiplos historicamente baixos | Foto: Getty Images

Depois de uma quinta-feira vermelha para os mercados mundiais, o último dia da semana reserva muita volatilidade, oriunda de importantes dados que saem durante o pregão. A inflação galopante, as incertezas com os aumentos de juros e o risco cada vez maior de recessão da economia americana vêm derrubando os principais índices: Enquanto a Nasdaq cai 25% no ano, Dow Jones e S&P sofrem 11% e 15% respectivamente. Para efeito de comparação, mesmo após a recente desvalorização, o Ibovespa ainda opera em alta de 2,17% no ano.

No cenário mundial, continuamos acompanhando a difícil tarefa do FOMC de levar a inflação para a meta de 2%. Apesar de complicado, muitos acreditam que para que isso ocorra, a demanda de trabalho precisa diminuir ainda mais para começar a estabilizar o mercado de trabalho e acalmar as pressões salariais e de preço. Na China, por outro lado, os números mais recentes indicam uma inflação estável, mas que deve aumentar no futuro devido ao afrouxamento das restrições do Covid. Acreditamos ser esses os principais motivos para as fortes quedas recentes.

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Aqui no Brasil, nossa bolsa, em seus 107 mil pontos, continua parecendo barata, com muitas empresas sendo negociadas a múltiplos historicamente baixos. É claro que o cenário de curto prazo é complicado e pode continuar trazendo fortes oscilações, mas no médio/longo prazo o valuation normalmente fala mais alto.

Para analisar as oportunidades futuras, devemos frisar que estamos em um momento de forte volatilidade (que deve aumentar ainda mais com as eleições) e juros cada vez mais esticados. Tecnicamente esses dois fatores fazem com que a compra de proteção via derivativos fique muito mais atraente, pois com o dinheiro “mais caro”, as opções de venda ficam mais baratas. As formas de aproveitarmos esse cenário transitam em todos os perfis de investimento, mas o que mais atrai os investidores é a exposição em renda variável com capital protegido, que é possível estruturar para prazos de até 6 meses.

Sabemos que um bom investimento precisa aliar os componentes técnicos do mercado com uma tese de investimento consistente. Nessa linha, continuamos com a nossa recomendação de alocação em empresas do setor de commodities e financeiro, que possuam modelos de negócio provados e fluxo de caixa no presente. A tese do setor de commodities parece natural, dado que a pressão nos preços não parece que vai aliviar tão cedo, fazendo com que essas empresas gerem cada vez mais receita e entreguem bons resultados nos próximos trimestres. Do lado dos bancos, vemos que o setor é o mais propício a aproveitar o cenário de juros altos, dado que grande parte da receita dos grandes players do mercado brasileiro é atrelada à sua carteira de crédito.

Petrobras e Vale são boas opções, com proteção contra eventual desvalorização

Como toda tese de investimento, para ambos os casos existem riscos. Se por um lado a pressão no preço das commodities pode diminuir, fazendo com que as margens das empresas atreladas caiam, a inflação alta e o desemprego mais alto, pode aumentar a inadimplência no setor financeiro.

Falando especificamente de commodities, apesar de acreditarmos que Petrobras está em um preço muito atraente de compra, não devemos esquecer que estamos cada vez mais próximos das eleições e a empresa começará a ser utilizada como arma política pelos candidatos. Esse é um risco difícil de mensurar e que pode trazer uma volatilidade indesejada para as carteiras. Para Vale, o problema vem do outro lado do globo. O preço do minério de ferro é muito atrelado à economia chinesa, que passa por um momento de baixa previsibilidade, podendo surpreender para qualquer lado.

Dessa forma, recomendamos a exposição em Petrobras (PETR4), Vale (VALE3), mas sempre com estruturas de derivativos que ofereçam proteções contra uma eventual desvalorização.

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