Rede D’Or e Fleury são destaques na recuperação do setor de saúde

O crescimento do nível de emprego deve favorecer empresas do setor de saúde, segundo Ricardo Boiati, analista da área de Research do Banco Safra. Segundo ele, as empresas de crescimento, inseridas em mercados em expansão, sofreram maior impacto da alta dos juros. No caso das empresas de saúde, houve descasamento emtre aumento de preços e aumento de custos durante a pandemia.

Ele cita o exemplo dos planos de saúde, onde as operadoras tiveram dificuldades em repassar os aumentos de custos dos prestadoras de serviço. “Daqui para frente devemos ter aumentos dos planos de saúde mais condizentes com a situação, mais isso é gradual, pois os reajustes são feitos no aniversário dos contratos, o que leva o ciclo a demorar um ano”, comenta o especialista.

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Ao analisar as opções de investimento durante do Safra Trends 2023, promovido pelo Banco Safra, Ricardo Boiati comentou que os hospitais começam a sair mais rapidamente dessa pressão nas margens.

Segundo ele, o cenário para 2023 é desafiador, com grau de incerteza ainda muito grande. Mas ele argumenta que há boas opções de investimento na Bolsa de Valores no ramo de saúde.

Fleury e Rede D’Or são apontados como destaque no setor de saúde

“Gostamos muito da Rede D’Or, que tem um histórico de crescimento muito grande e com qualidade dos ativos que permite à empresa surfar bem em qualquer cenário”, comenta. “Gostamos também de Fleury, que tem uma tese de crescimento muito agressiva e sinergias operacionais com a aquisição da Pardini”.

Segundo a análise do Safra, o sólido crescimento orgânico combinado com os potenciais benefícios advindos da novos negócios e a aquisição do Hermes Pardini fornecem uma perspectiva interessante para o Fleury. O banco tem recomendação de compra para as ações da empresa.

O especialista destaca que, na hora de investir, é preciso calibrar o risco com o tamanho da posição de cada ação na carteira de investimentos.

“No setor de alimentos, tivemos margens muito altas nos frigoríficos no início do ano, especialmente no segmento de carne bovina nas operações nos EUA. As margens vieram caindo e convergem hoje para as médias históricas, mas a JBS está bem posicionada globalmente”, comenta Boiati.

“Quando falamos de diversificação, quanto maior, melhor, por isso gostamos da JBS, olhando no longo prazo, pois se trata de uma empresa muito rentável e com geração de caixa muito positiva”.