Seca no Amazonas interrompe operação da Hidrelétrica Santo Antônio
Rio Madeira está 50% abaixo da média histórica e a Santo Antônio Energia afirma que segue procedimentos para garantir operação segura.
02/10/2023
Usina Hidrelétrica Santo Antônio fica no município de Porto Velho (RO) e é considerada a quarta maior do País | Foto: Getty Images
A concessionária Santo Antônio Energia informou que interrompeu excepcionalmente a operação da Hidrelétrica Santo Antônio por causa dos baixos níveis de vazão registrados atualmente no rio Madeira, que está atualmente cerca de 50% abaixo da média histórica. A interrupção é mais uma das consequências da seca na região amazônica e a decisão da empresa segue orientação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Os efeitos da seca já atingem quase todos os 62 municípios do Amazonas, provocando desastres ambientais nos rios e dificultando também o transporte de pessoas, alimentos e produtos. O cenário mais forte da seca neste ano é apontado como consequência do fenômeno climático El Niño e do aquecimento do Oceano Atlântico.
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A usina é considerada a quarta maior do Brasil e está conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Está localizada em Porto Velho (RO) e tem potência instalada mínima de 3.568,3 MW e 2.424,2 MW médios de energia assegurada.
Empresa justifica atender parâmetros mínimos de operação segura
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa diz que a medida visa atender os limites operativos das unidades geradoras da usina definidos na fase de projeto junto aos fabricantes – e de acordo com a configuração da usina aprovada pelo Poder Concedente, que estipula parâmetros mínimos para operação segura dos equipamentos.
Segundo a Santo Antônio Energia, mesmo nesta condição, o rio Madeira permanecerá seguindo seu curso natural. A passagem da vazão concentrada no Vertedouro Principal da usina não terá qualquer impacto em seu fluxo normal. Igualmente, durante este período de restrição hídrica, as receitas dos contratos de venda não terão impacto.
Em comunicado, a empresa informa que “embora a usina tenha relevante importância para o sistema elétrico, no período de baixas vazões no rio Madeira opera com geração reduzida, podendo ser paralisada, caso os limites operativos das unidades geradoras sejam atingidos. Neste cenário, o ONS operará o sistema de forma a manter suas condições sistêmicas adequadas atuando junto aos demais agentes”. (com AE)
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