Setor de shoppings busca consolidação em cenário desafiador

Em razão dos efeitos da pandemia e tendo em vista o cenário de inflação e juros altos, o setor de shoppings deverá passar por um momento de consolidação através da compra e venda de ativos. De acordo com levantamento do jornal Valor, desde o terceiro trimestre do ano passado foram 15 empreendimentos vendidos ou que estão em fase de negociação, ultrapassando R$ 3,5 bilhões em volume negociado. A maior venda foi da Aliansce Sonae, que alienou sua participação em 4 negócios.

Outras transações, como a venda de shoppings pela General e da Tenco, chamaram a atenção do mercado pela qualidade dos ativos vendidos, o que pode ser interpretado como uma necessidade de reforço de caixa pelas companhias. Conforme mencionado por gestores de fundos imobiliários, apesar do setor oferecer oportunidades de M&A, o nível de juros acaba afetando o ritmo das transações.

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Em momentos de estresse econômico, as companhias buscam uma consolidação de ativos de modo a criar sinergias, aumentar eficiência e focar no seu core business. Espera-se, portanto, redução no número de projetos greenfield, uma vez que não há perspectiva de forte retomada em 2022.

Vendas em shoppings crescem 22% no primeiro trimestre

De acordo com a Abrasce, as vendas aumentaram quase 22% no primeiro trimestre de 2022, já descontando a inflação, após consecutivas quedas desde 2019. Os destaques foram a região Norte (+42,7%) e Sudeste (+38,1%).

A expectativa é de que haja um equilíbrio de vendas entre o primeiro e segundo semestre deste ano, uma vez que o resultado no segundo trimestre de 2022 deverá ser mais favorável frente ao terceiro trimestre.