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Superquarta: mercado espera manutenção dos juros nos Estados Unidos

Inflação ao consumidor gerou dúvidas sobre a possibilidade de mudança no tom do comunicado do BC americano e o mercado reduziu as apostas de cortes de juros em 2024

O Dólar Futuro apresentou alta de +0,44% no último pregão, cotado a 4.968,50 pontos | Foto: Getty Images

Bolsas no exterior operam em compasso de espera da decisão do Federal Reserve nesta superquarta. O consenso de mercado é de que a taxa de juros por lá permaneça inalterada, mas o que chamará a atenção será o comunicado sinalizando os próximos passos. Dado de inflação ao consumidor divulgado ontem gerou dúvidas sobre a possibilidade de mudança no tom do comunicado do BC americano e o mercado reduziu as apostas de cortes de juros em 2024. A agenda do dia ainda contará com dados de preços ao produtor, com expectativa de estabilidade na comparação mensal.

No Brasil o Ibovespa apresentou ontem, véspera de Copom, queda de +0,40% no último pregão, cotado a 126.403,03 pontos. O ativo está em tendência de alta no médio prazo e no curto neutra. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 128.300 pontos e, caso rompa esse patamar, poderá alcançar sua próxima resistência em 130.850 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 125.000 O próximo fica na faixa de 122.500 pontos.

Saiba mais

O Dólar Futuro apresentou alta de +0,44% no último pregão, cotado a 4.968,50 pontos. O ativo se encontra em tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.830 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.720. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 4.970 e a segunda em 5.090.

Doméstico:

Decisão do Copom é destaque na agenda doméstica, o Banco Central Brasileiro deve cortar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, porém aqui também o destaque fica para a sinalização do comunicado do BC. Senado aprovou a regulamentação das apostas eletrônicas e texto voltou à Câmara.

Commodities:

Petróleo opera de lado, com o WTI perto de US$ 68, depois de despencar 3,7% na terça-feira, com o aumento dos sinais de maior oferta vinda da Rússia e EUA

Minério de ferro cai em Singapura depois que uma reunião política governamental na China terminou sem quaisquer novas promessas importantes de estímulo

Empresas:

Braskem foi rebaixada para Ba2 pela Moody’s; perspectiva passou de estável para negativa

Goldman rebaixou a EZTec a venda e elevou a Direcional a compra

JPMorgan rebaixou o BB Seguridade a neutra

Agenda do Dia:

09:00 – EUA – Pedidos de Hipoteca/Dezembro

10:30 – EUA- PPI/Novembro

16:00- EUA – Decisão da Taxa de Juros/Dezembro

18:30 – Brasil- Decisão da Taxa de Juros/Dezembro

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 126.403 (-0,40%)

S&P: 4.644 (0,46%)

Dólar Futuro: R$ 4,96 (+0,50%)

Atualizações Safra:

Aura: principais conclusões do Dia do Investidor

A Aura realizou seu Dia do Investidor anual, no qual a alta administração reforçou o compromisso da empresa com o guidance de produção e custo caixa para 2023 (231k-253k GEO) e com o caminho para uma produção anualizada de 450kGEO em 2025. Rodrigo Barbosa (CEO) enfatizou que a criação de valor para os acionistas da Aura deve vir do crescimento da produção e das reservas, seguido pela reavaliação de múltiplos. A administração está analisando ativamente as fusões e aquisições no setor e observou que a disponibilidade limitada de financiamento cria oportunidades assimétricas. O crescimento da produção será acompanhado por um balanço patrimonial saudável e pelo pagamento constante de dividendos.

Criação de valor. O Sr. Barbosa enfatizou o objetivo da Aura de gerar valor para os acionistas, aumentando o fluxo de caixa por meio de (i) desenvolvimento de projetos de ouro, (ii) maiores reservas e recursos nas minas atuais, alongando o LOM. A administração acredita que poderá ocorrer uma reavaliação do múltiplo P/NAV depois que a empresa atingir sua meta de taxa de produção anualizada de 450kGEO em 2025. Para contextualizar, as mineradoras de ouro com produção e ADTV acima de 450kGEO e US$ 5 milhões, respectivamente, negociaram em média 0,3x-0,4x acima de seus pares no YE22, com produção e ADTV abaixo desses níveis.

Pipeline de projetos. O ramp-up do projeto Almas foi concluído 5 meses após seu início em junho, o que, conforme observado pela administração, se compara bem com o período médio de ramp-up de 12 meses do setor. A Aura espera uma produção de 18-22kGEO do projeto no 2S23 e 60kGEO anualizados depois disso. A administração indicou que o projeto Borborema (capacidade de 67kGEO/ano) está 8% concluído e poderia começar no 1T25, seguido por Matupá (43kGEO/ano) no 4T25 – a construção está programada para começar no 3T24. A empresa prevê a TIR não alavancada dos três projetos em um intervalo de 22% a 44%.

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