Tecnologia favorece expansão e carteira de crédito cresce 16,5% em 2021
Bancos investiram R$ 25,7 bilhões em tecnologia bancária no ano passado, o que facilitou o acesso da população aos serviços e ao crédito
23/03/2022
As projeções dos bancos para o crédito cresceram tanto nas carteiras de recursos livres quanto nas de recursos direcionados | Foto: Getty Images
O impulso do setor financeiro durante a pandemia foi favorecido pelo histórico de investimentos dos bancos em tecnologia nos últimos 30 anos, muito antes do surgimento das atuais fintechs, as novas empresas de tecnologia financeira e crédito.
O investimento em tecnologia no ano passado, no setor bancário, foi de R$ 25,7 bilhões – o maior entre todos os demais setores da economia. Os recursos foram aplicados em inovação, segurança bancária e prestação de serviços eletrônicos.
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A carteira de crédito total do sistema financeiro nacional cresceu 15,6% em 2020 e 16,5% em 2021. A expansão foi liderada pelo crédito para as famílias, cuja expansão, próxima a 20%, é a maior desde 2010.
O saldo de empréstimos para as pessoas jurídicas, na pandemia, cresceu 52% para microempresas e 38% para pequenas empresas. Ao mesmo tempo, a concessão de crédito rural cresceu 212%, beneficiando 1,665 milhão de empresas.
Crédito para aquisição da casa Própria cresceu mais de 50% na pandemia
Os empréstimos para compra da casa própria também experimentaram desempenho sem precedentes durante o período mais agudo da pandemia, entre 2020 e 2021. Cresceram 51,6%, favorecendo meio milhão de famílias. Os empréstimos para compra de automóveis e caminhões tiveram ampliação de 24,5% e beneficiaram quase 5 milhões de brasileiros.
O saldo da carteira total de crédito em 2022 deverá crescer, ao menos, 7,6%, segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A melhoria na estimativa reverte a tendência de piora nas projeções que ocorriam desde setembro do ano passado.
A pesquisa, realizada com 18 bancos entre 9 e 15 de fevereiro último, também trouxe a primeira projeção para o mercado de crédito em 2023, em que a expansão esperada é de 6,6%. A pesquisa mostrou, também, revisão para baixo na expectativa para a taxa de inadimplência, que deve ficar em torno de 3,7%.
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