Novo título do Tesouro ajuda a planejar renda extra na aposentadoria
Novo título do Tesouro Direto RendA+ facilita o planejamento financeiro de quem deseja poupar para garantir uma renda extra no futuro
05/01/2023Já está disponível para investidores o novo título do Tesouro Nacional criado para quem quer garantir renda complementar na aposentadoria. O Tesouro RendA+ foi idealizado para funcionar como uma renda adicional à aposentadoria. Nesta nova modalidade de título público, o aplicador escolhe a data em que planeja se aposentar, ou seja, a data de vencimento do papel. A partir de então, ele passa a receber uma renda complementar por 20 anos (240 parcelas).
As parcelas que o poupador vai receber no futuro funcionam como aposentadoria complementar, ou salário extra, quando as pessoas estiverem mais velhas. Hoje, o valor máximo de aposentadoria que o INSS paga aos beneficiários é de pouco mais de R$ 7 mil.
Saiba mais
- O que é e como investir no Tesouro Direto
- Safra Trends: as melhores oportunidades para investir em 2023
- Como operar na bolsa de valores com a segurança da Safra Corretora
O Tesouro RendA+ é um título da série NTN-B, que são papéis que garantem ao investidor a inflação oficial ( IPCA), mais uma taxa de juros. Hoje, os juros estão acima de 6% ao ano. O valor recebido por 20 anos após o vencimento do título é mensalmente corrigido pela inflação, garantindo assim o poder de compra.
Se a data da aposentadoria for em 2060, por exemplo, o investidor compra títulos com esse prazo de vencimento. Nessa data, ele passa a receber a renda até 2080. Serão ofertados oito prazos de vencimento, com intervalos de cinco anos, de 2030 a 2065.
O título foi inspirado no trabalho dos professores Robert Merton (Nobel Economia em 1997) e Arun Muralidhar, que introduziu o conceito de SeLFIES, (Standard of Living indexed, Forward-starting, Income-only Securities), ou seja, indexado ao padrão de vida somente com amortização e renda futura.
Um dos responsáveis pela introdução do conceito no Brasil é Alexandre Vitorino, mestre em Administração Pública pela Unifesp e doutorando em Administração pela FGV. Estudioso do sistema de previdência complementar e títulos previdenciários, ele vem publicando artigos com os dois professores desde 2020 e acredita que o novo título abre uma nova era para este setor no País.
“O Brasil é o primeiro país do mundo a adotar esse novo conceito de título público previdenciário, que tem o objetivo de despertar nas pessoas o interesse em planejar a sua aposentadoria complementar para o futuro”, comenta Vitorino, que atualmente é Superintendente de Gestão de Crédito no Banco Safra.
Novo título do Tesouro facilita planejamento financeiro para a aposentadoria
Segundo ele, os sistemas de previdência no Brasil são difíceis de entender para a maioria da população, e o título RendA+ facilita esse planejamento. “O investidor só precisa saber quando quer se aposentar e qual o valor que espera receber para complementar sua aposentadoria, para garantir seu padrão de vida”, comenta Vitorino. Um simulador no portal do Tesouro Direto faz a conta para o investidor e diz quantos títulos precisam ser adquiridos para o investidor receber a “aposentadoria” desejada.
A simplicidade do sistema permite o fácil acompanhamento da meta de renda previdenciária complementar em qualquer momento ao longo do período de acumulação. Os títulos podem ser deixados para herdeiros, que podem vendê-los ou receber as parcelas restantes.
Além de favorecer o planejamento financeiro futuro dos brasileiros, o novo título pode abrir uma nova fronteira no mundo das finanças, segundo Vitorino. “Os regimes de capitalização no Brasil e no mundo enfrentam a barreira da falta de informação financeira da maioria da população para entender a complexidade dos atuais planos de previdência complementar”, comenta ele.
A fórmula de fácil compreensão do novo título pode favorecer o mercado de previdência complementar, incentivando mais pessoas a pouparem para o futuro. O sistema também ajuda a alongar a dívida pública federal e ampliar a base de investidores locais, destaca o especialista. Além disso, o investimento dos atuais fundos de previdência em títulos como este podem modernizar ainda mais a previdência complementar no Brasil.
Tesouro Direto completa 20 anos
O sistema do Tesouro Direto foi criado há duas décadas e ampliou a base de investidores em papéis do governo federal. Até então, os títulos públicos não podiam ser comprados diretamente por pessoas físicas.
Modalidade acessível dentro da renda fixa, o Tesouro Direto funciona como uma das portas de entrada para as aplicações financeiras. Este produto está entre os mais seguros do mercado, uma vez que o governo brasileiro é quem assume o compromisso com o investidor.
O novo título de Tesouro Direto RendA+ entrará na cesta de papéis do programa Tesouro Direto de venda pela internet. O valor recebido por 20 anos é mensalmente corrigido pela inflação, garantindo assim o poder de compra.
Se a data da aposentadoria for em 2060, por exemplo, o investidor compra títulos com esse prazo de vencimento. Nessa data, ele passa a receber a renda até 2080. Serão ofertados oito prazos de vencimento, com intervalos de cinco anos, de 2030 a 2065.
Previdência privada no Safra
Além dos fundos de investimento de gestão própria, o Banco Safra seleciona e coloca à disposição de seus clientes produtos previdenciários que contam com a gestão de algumas das casas mais reconhecidas do país. E o investidor que deseja acessar diversos desses fundos a partir de um único plano de previdência, conta com o Safra Prev Faraday, que combina a diversificação em diversas classes de ativos com a seleção rigorosa da nossa equipe de funds of funds.
Confira aqui todas as opções de fundos do Banco Safra. Com aportes iniciais a partir de R$ 1 mil, o investidor pode contar a expertise do Safra, que tem hoje mais de R$ 100 bilhões sob gestão, dos quais quase R$ 20 bilhões estão em fundos previdenciários, de acordo com dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).