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Na COP-26, Levy defende liderança do setor financeiro na sustentabilidade

Em painel da Conferência do Clima da ONU, diretor do Safra detalha os esforços das instituições no financiamento de projetos verdes

Joaquim Levy sorrindo e olhando para a esquerda

“Nós acreditamos que o Brasil deve ser um líder na proteção da Terra e contra as mudanças climáticas”, disse Levy durante a COP-26 | Foto: Divulgação

O diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados do Banco Safra, Joaquim Levy, reforçou nesta quinta-feira, 11, durante a Conferência do Clima da ONU (COP-26) a importância do setor financeiro liderar iniciativas que visem à sustentabilidade.

Participando do painel “ESG no Brasil”, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente em Glasgow, na Escócia, o ex-ministro da Fazenda destacou o aperto das normas de compliance promovidas pelo Brasil para as empresas se enquadrem nos padrões ESG.

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A sigla trata das questões que envolvem a sustentabilidade nos âmbitos ambiental, social e de governança.

“A regulação no Brasil está mudando muito rápido. Cada vez mais estamos integrando considerações sobre o clima em nossas análises de risco e em nossas políticas de empréstimo e gerenciamento de risco em geral no banco”, disse Levy.

Na visão do executivo, as grandes instituições financeiras do País já se mostram comprometidas com a nova ordem sustentável.

“No Banco Safra, o ESG, não somente com o ambiental, mas também com a governança e a responsabilidade social, está no nosso DNA e que segue por 180 anos. Então, os compromissos de longo prazo estão na base de todas as nossas atividades”.

Um dos exemplos usados por Levy é o apoio do Safra desde o início ao RenovaBio, programa do governo federal criado em 2016 para expandir a produção de biocombustíveis, menos poluentes e de fontes sustentáveis. Porém, a alcance do financiamento vai a outros setores.

“Há muitas áreas com as quais o setor financeiro está agora comprometido no Brasil e o Safra está liderando, ao lado de outros bancos, esse esforço. Não somente financiando energia limpa, mas também atividades de proteção às florestas e à biodiversidade”.

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Liderança do País

O evento foi moderado pelo secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Mario Paes de Andrade, e teve participação do secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, Fernando Silveira Camargo.

Além de Levy, o setor privado foi representado ainda por Kevin Lowder, diretor-geral da EIG (especializada em investimentos na área de energia), e Marta Eluf Pinheiro, diretora executiva de ESG & Business Development da XP.

Dados do governo federal apresentados durante o painel mostram que há atualmente 80 mil produtores rurais na Região Amazônica. Nesse sentido, o governo lançou recentemente o Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (ABC+).

Em linha, Levy lembrou que o “Banco Central tem apertado as regras em relação ao setor agro, em apoio às novas tecnologias que permitem a economia de baixo carbono.”

Isso porque a prática da agricultura sustentável e com baixo nível de emissões tende a beneficiar a ela mesma.

“Nós somos muito dependentes da saúde da Floresta Amazônica para as chuvas que servem à nossa agricultura, para a nossa energia devido às usinas hidrelétricas que fornecem a maior parte da nossa energia a partir de rios que se originam a partir dessa área”, afirmou o ex-ministro.

“Nós acreditamos que o Brasil deve ser um líder na proteção da Terra e contra as mudanças climáticas”.

Instrumentos financeiros sustentáveis

Durante o painel, Levy expôs exemplos de veículos de investimento do Safra acessíveis aos investidores que permitem o fomente a ações sustentáveis.

Entre eles estavam os certificados de operações estruturadas (saiba tudo sobre COEs), que, além de serem “verdes”, protegem o investidor de grandes oscilações.

Além disso, um caminho apontado por Levy é o desenvolvimento dos mercados de crédito de carbono, que no Brasil ainda está em discussão.

No Safra, os clientes podem investir no ambiente de negociação europeu, o mais evoluído do mundo na questão, via o fundo multimercado Safra Direct Carbon (detalhes).

A importância destes fundos foi ressaltada pelo secretário Camargo para que o Brasil cumpra suas novas metas de reduzir as emissões de carbono em 50% até 2030 – ou 1,1 bilhão de toneladas de carbono equivalente.

“Aqui em Glasgow temos falado muito sobre o ABC+ e em como trazer dinheiro para este novo plano no Brasil dentro dos próximos dez anos. E muitos destes ótimos fundos como os da EIG, do Banco Safra e da XP, podem promover o plano ABC+ e suas novas metas”, disse Camargo.

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