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Como se livrar das dívidas e investir no próprio negócio

Reinaldo Domingos, PhD em educação financeira, explica como ter as finanças pessoais organizadas reflete no sucesso no empreendedorismo

Domingos é pós-doutor em educação financeira pela Florida Christian University (EUA), escritor e terapeuta financeiro

Separar o que são finanças pessoais e do negócio é o primeiro passo que o empreendedor deve dar para ter capacidade de investir no próprio negócio.

A orientação de Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira e da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).

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Em entrevista à série Empreendendo do Zero, da SafraPay, o especialista explicou como os pequenos e microempresários podem se organizar financeiramente e evitar entrar para a estatística de mau endividados do País.

Segundo o Serasa Experian, no total, são mais de 6 milhões de empresas inadimplentes neste ano. Quase 200 mil a mais do que no passado.

“O endividamento é algo saudável quando vem de forma estruturada. Mas se olharmos para o micro e pequeno empresário, ele veio de uma pessoa física. Então ele pegou a reserva dele e gastou tudo, assim como o primeiro salário como empresário. Aí ele foi buscar o crédito de forma desestruturada”, disse Domingos.

A pandemia de covid-19 foi um complicador aos pequenos negócios no Brasil, mas a dificuldade de investir e, principalmente, de se preparar para momentos de adversidades vem de antes do período pandêmico.

Dados do Sebrae mostram que em 2022 a inadimplência tem crescido e o total de empréstimos vencidos gira em torno de R$ 20 bilhões.

“A primeira coisa que deveria ser feita é separar o que é (conta) da família e do negócio. Quando olhamos para antes da pandemia, tínhamos o mesmo problema”, explica Domingos. “A pergunta que deve sempre ser feita ao empreendedor é: seu o negócio não tiver mais faturamento, por quanto você mantem suas contas em dia? Se eu fizer a mesma pergunta pra pessoa física, vai ver que temos uma fragilidade nisso”.

Após separar as finanças, o próximo esforço do empreendedor deve ser trabalhar em sua reserva estratégica, que deve ter um horizonte de seis a 24 meses de sua receita mensal.

Porém, Domingos pondera que o empreendedor precisa ter receio do mau endividamento e não de tomar crédito para investir no próprio negócio, uma vez que é ele que permite o crescimento de uma empresa e a realização de sonhos pessoais.

“A pior situação pro empreendedor é não ter reserva. Mas junto com ela, é deixar de ter dívidas. Ele precisa se alavancar, é obrigado a buscar parceiros pra erguer o negócio. O problema é não ter uma contrapartida”.

A entrevista completa com Reinaldo Domingos pode ser assistida no vídeo no canto superior à direita da página ou diretamente pelo canal do banco, no YouTube.

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