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O que são debêntures e como investir na modalidade

Títulos de dívidas das empresas, as debêntures têm boa rentabilidade e ajudam a diversificar carteira em renda fixa

Debêntures

Debêntures incentivadas financiam projetos de infraestrutura no país e têm isenção de imposto de renda | Foto: Getty Images

Opção de investimento gerado pelas empresas, as debêntures são uma forma interessante de diversificar carteira em renda fixa.

Com dois tipos à disposição dos investidores (comuns e incentivadas), ela representa uma oportunidade de rendimentos superiores com segurança.

Além disso, esse tipo de investimento ajuda no desenvolvimento de novos projetos de infraestrutura pelo Brasil.

A seguir, um guia sobre como investir em debêntures e como o produto funciona.

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O que são debêntures

De forma objetiva, as debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas para captar recursos com pessoas físicas ou investidores institucionais.

Nesse sentido, o investidor empresta dinheiro a uma companhia, que após o prazo determinado, irá devolver o montante mais juros.

Saiba mais

Como os títulos representam uma parcela da dívida da companhia, os investidores se tornam credores das empresas que investiram, diferentemente das ações, que tornam as pessoas sócias.

Dessa maneira, as companhias podem substituir um empréstimo no banco por uma captação no mercado, conseguindo gerenciar melhor seu passivo e pulverizar os credores.

Tipos de debêntures

Existem dois tipos de debêntures disponíveis para investir: as comuns e as incentivadas.

As incentivadas – também conhecidas como debêntures de infraestrutura – têm isenção no imposto de renda, uma vez que são utilizadas pelas empresas para financiar projetos de infraestrutura no país.

Por outro lado, as comuns podem financiar todo tipo de projetos e setores, além de ser uma ferramenta utilizada para reestruturação de dívidas da empresa.

Como funcionam as debêntures

Debêntures são investimentos de renda fixa que podem remunerar os credores de três formas: prefixada, mista ou pós-fixada. A seguir, as definições de cada uma:

Prefixada

Neste caso, o investidor sabe exatamente qual é a rentabilidade no momento do investimento, já que a taxa de juros é determinada no ato da aplicação.

Mista

Esse tipo de remuneração garante o pagamento de uma taxa prefixada mais o IPCA (índice oficial da inflação divulgado pelo IBGE) ou IGP-M (indicador para reajuste de contratos de aluguéis, energia elétrica e telefonia calculado pela Fundação Getúlio Vargas) acumulado no período.

Pós-fixada

O rendimento segue uma porcentagem do desempenho do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) no período contratado.

Como investir em debêntures

Debêntures são boas opções para diversificar a carteira em renda fixa. Mas, para começar a investir, é recomendado que o investidor faça algumas análises antes:

Perfil de investidor
O ponto inicial deve ser a certeza de encaixe deste produto no perfil de cada investidor (ultraconservador, conservador, moderado ou dinâmico). Formulários de suitability (adequação) de instituições financeiras são a melhores ferramentas para saber o próprio perfil.

Risco de crédito
Depois de identificar o seu perfil de investidor, é essencial estar ciente do risco de crédito da operação para avaliar se a empresa poderá honrar suas dívidas. Estes produtos não têm garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), por isso elas podem ter garantia real ou flutuante para reduzir o risco.

Além disso, as debêntures têm ratings para suas emissões e quanto menor a nota de crédito, maior a taxa de remuneração do papel. É importante estar atento a essas informações para tomar decisões seguras.

Liquidez
Por fim, quem pretender aplicar os recursos deve analisar as alternativas e entender a liquidez de cada produto. Atualmente, existem opções no mercado secundário de debêntures que permitem sair da operação antes do vencimento.

Tributação do Imposto de Renda para a debêntures

As debêntures comuns são tributadas de acordo com a tabela regressiva do imposto de renda.

Já as debêntures incentivadas se beneficiam da isenção do imposto de renda para pessoas físicas.

Portanto, quanto maior o tempo investido, menor é o imposto cobrado. Confira a relação entre o tempo e os percentuais:

  • De 0 até 180 dias: 22,5%
  • De 181 até 360 dias: 20%
  • De 361 até 720 dias: 17,5%
  • Acima de 720 dias: 15%

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