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BYD: cinco fatos e um cuidado ao investir na marca que superou a Tesla

Empresa tem capital aberto, Warren Buffet como um dos acionistas e lidera vendas globais; riscos envolvem segmento e questões geopolíticas

É possível investir na gigante chinesa com proteção cambial e de capital investido | Fonte: Reprodução Facebook

É possível investir na gigante chinesa com proteção cambial e de capital investido | Fonte: Reprodução Facebook

Nem a construção de sonhos presente no nome da BYD levaria investidores a acreditar que a empresa superaria as vendas da Tesla, de Elon Musk. A atual líder global do setor de veículos elétricos em vendas gera, além de um case de negócios, uma oportunidade de investimentos e diversificação da carteira em mercados globais.

Na análise de decisão de investimento, o mercado em crescimento e bons resultados recentes são pontos a favor, mas características do mercado automotivo e a economia da China, país sede da empresa, despertam cuidados.

Preparamos cinco fatos e um ponto de atenção para auxiliar na decisão de investir na gigante chinesa.

1) A história da BYD não começou com carros, mas baterias

BYD é a sigla para Build Your Dreams, “construa seus sonhos”, em tradução livre do inglês. A empresa de menos de 30 anos foi fundada em 1995 por Wang Chuanfu. Hoje o empresário é um bilionário com o equivalente a R$ 95,5 bilhões.

Engenheiro Chuanfu fundou a BYD quando tinha 19 anos e ainda é seu presidente | Crédito: Reprodução Facebook

O foco no início era em baterias para celulares e câmeras digitais, e, no início da década de 2000, seus produtos já abasteciam líderes do setor, como Nokia, Morotola e Dell.

A companhia teve a mudança fundamental no ano seguinte, em 2003, quando comprou participação majoritária na Xi’an Qinchuan Auto, uma montadora estatal chinesa que performava mal há anos.

Hoje, a empresa atua majoritariamente como fabricante de automóveis, com veículos elétricos e não elétricos, comercializando também equipamentos internos tradicionais de motores a combustão. É conhecida como uma greentech e oferece veículos acessíveis com tecnologia de ponta. É líder de mercado na China e um player relevante internacionalmente.

2) A greentech apostou na eletrificação e ganhou um acionista de peso

A companhia abriu capital em 2002. À época do anúncio de mudança de core business, em 2003, a BYD teve queda de 80% em suas ações. Em uma aposta de seu fundador, seguiu investindo no setor automotivo.

A visão de futuro da empresa se encontrou à de um investidor americano renomado em 2008. Warren Buffet acreditava que a BYD se tornaria “o maior player de um mercado mundial de automóvel que inevitavelmente tornaria-se elétrico”. O bilionário comprou uma participação de 10% na BYD Auto e, nos anos seguintes, chegou a ter 25% de participação.

3) A BYD tem números históricos dentro e fora da China

2023 foi um ano de números sem precedentes para a BYD. A companhia vendeu mais de três milhões de veículos eletrificados, superando a montadora americana Tesla, de Musk, pela primeira vez no último trimestre do ano passado – quando comercializou mais de 340 mil unidades somente em dezembro. O crescimento no comparativo anual foi de 61,8%.

Dentro da China, ultrapassou a liderança de longa data da montadora alemã Volkswagen, que por quase quatro décadas no primeiro lugar em vendas. O valor da empresa gira em torno de USD 75 bilhões.

4) Gigante chinesa já domina mercado e investe pesado no Brasil

A empresa vendeu mais da metade de unidades 100% elétricas no Brasil em 2023, com 10.274 veículos. O índice representa mais de 50% do market share. Em um recorte dos 10 mais vendidos, os modelos da BYD alcançaram um número ainda mais impressionante, com 72% de vendas do segmento. O número total de veículos comercializados pela empresa representa quase 7000% de crescimento em relação a 2022.

Saiba mais

O mercado brasileiro é um dos focos de investimento da companhia. Os esforços estão no crescimento da rede de concessionários para 250 ainda este ano – atualmente são pouco mais de 100 – e um investimento de R$ 3 bilhões para produzir carros, caminhões e componentes elétricos em uma nova fábrica em Camaçari, na Bahia, com capacidade produtiva de 150 mil veículos por ano.

5) Você pode estar utilizando um produto da BYD agora mesmo

Componentes eletrônicos, como gabinetes, teclados, módulos LCD, lentes, placas de circuito flexíveis e carregadores estão entre as entregas da empresa. Os clientes da empresa incluem Nokia, Huawei, Apple, Motorola, HTC, Asus e Toshiba, para quem oferece serviços de design e montagem de aparelhos.

Veículos elétricos são o principal foco da empresa e representava, ainda em 2022, mais de 75% da receita em 2022. Contudo, o investimento em outras frentes não deve parar por aí. A BYD está expandindo seus negócios para tablets e notebooks para expandir as oportunidades de vendas.

Na indústria automotiva, a empresa desenvolve outros tipos de veículos, como ônibus, e atua em frentes diversificadas de mobilidade, oferecendo soluções para transportes ferroviários urbanos.

Fator China e características do mercado automotivo geram precauções

Em contraponto, há fatores além dos domínios da empresa que despertam cuidados aos investidores. A indústria automotiva traz riscos inerentes como o consumo cíclico ligado a momentos econômicos, risco cambial influenciando custos de produção, importação e exportação e políticas governamentais, que geram uma dependência maior neste segmento.

Em 2022, por exemplo, as vendas de automóveis da BYD foram atingidas pela desaceleração do crescimento económico da China, o aumento da concorrência e as mudanças adversas nas políticas de subsídios governamentais.

A economia da China, principal mercado e onde fica a sede da empresa, também é um fator. 2023 trouxe um dos piores resultados no PIB em mais de três décadas, com crescimento de 5,2%. Apesar de alguns estímulos governamentais, o índice ressalta o panorama de pouco consumo e uma alongada crise imobiliária.

BYD: investir com proteção é possível

há investimentos que oferecem possibilidade de ganho na alta do ativo e, paralelamente, capital protegido e blindagem do investidor em questões cambiais. Hoje em dia, há investimentos que oferecem possibilidade de ganho na alta do ativo e, paralelamente, capital protegido e blindagem do investidor em questões cambiais.

É o caso do J Safra Veículos Elétricos, do Banco Safra, exclusivo para clientes da instituição e que faz parte da família de produtos J Safra Global Solutions.  O investimento é atrelado às ações da BYD (BYD CO LTD-H [1211 HK Equity]) e conta com um limitador no ganho na alta do ativo em 130%.

No COE, que tem capital garantido em caso de desvalorização das ações e proteção cambial, o cliente ganhará o percentual de alta do ativo com rentabilidade máxima de 30% no período de 24 meses a partir da emissão.

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