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Mesmo com turbulências, Bolsa fecha o mês no campo positivo

Em janeiro, o Ibovespa subiu 3,27%, aos 113.430 pontos, apesar da troca de governo no Brasil e de um dos maiores escândalos empresariais

Painel da B3

Ibovespa avançou em janeiro ajudada pela Magazine Luiza, que disparou no período | Foto: Divulgação

Janeiro começou com novo governo no Brasil e, com ele toda a desconfiança sobre a condução da política fiscal no país. Além disso, foi neste mês que ocorreu um dos maiores escândalos empresariais do país com a terceira maior recuperação judicial.

Nem toda esta turbulência fez o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, recuar no primeiro mês do ano. O referencial brasileiro subiu 3,27%, aos 113.430 pontos.

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Entre os destaques positivos do mês, a Magazine Luiza foi a que mais ganhou. A empresa foi a mais se beneficiou do “efeito Americanas”. A companhia disparou em janeiro e avançou 61,68%.

Segundo Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra, a companhia se beneficiou do enfraquecimento da Americanas e com um movimento de migração dos recursos do setor de varejo. Os investidores procuraram ativos dentro deste segmento com melhores desempenhos.

Magazine Luiza foi o destaque em um mês de turbulências na Bolsa

O ganho da Magazine Luiza foi tão grande, em torno de R$ 11 bilhões, que equivale ao valor de mercado da Arezzo, R$ 9 bilhões. No ano passado, a Magalu valia R$ 18,45 bilhões e, ao final de janeiro, R$ 29,6 bilhões.

Outro papel que foi destaque positivo em janeiro foi o Pão de Açúcar mas, neste caso, segundo Pinheiro, a alta foi em razão de um ajuste. “A ação estava muito baixa e vimos um repique este mês”, disse. A varejista subiu 25%

Os papéis da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e sua controlada a CSN Mineração subiram no rastro da alta do minério de ferro.

A principal matéria-prima do aço avançou 11,03% em janeiro no mercado à vista, sendo que a tonelada fechou negociada a US$ 129,5.

“A perspectiva de melhora na economia chinesa, que puxa o preço da commodity para cima, também ajudou nos ganhos dos papéis.” CSN subiu 27,49% e CSN Mineração evoluiu 31,62%. Completa a lista de melhor desempenho de janeiro a Natura, com alta de 25,32%.

Do lado negativo, papéis de frigoríficos foram os destaques, principalmente aqueles que têm operações nos Estados Unidos. “As perspectivas ruins para os resultados no quarto trimestre de 2022 em função da desaceleração das margens nos EUA, puxam as ações da JBS e Marfrig”, disse Pinheiro. JBS caiu 8,46% e Marfrig, 11.15%.

Outra que despencou em janeiro foi a MRV, também por perspectivas ruins para os resultados do 4º trimestre. “Os resultados operacionais prévios não foram bons para o período”, esclareceu o estrategista do Safra. A construtora perdeu 7,63%.

A companhia informou que registrou vendas líquidas totais de R$ 2,06 bilhões no quarto trimestre de 2022, uma queda de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior e 40% menor que o trimestre imediatamente anterior.

No período, segundo dados da MRV, foram gastos R$ 539,5 milhões do caixa. No quarto trimestre de 2021, esse valor foi de R$ 150,6 milhões.

Entre os piores desempenhos do mês ainda figuram a Alpargatas, com queda de 9,95% e Raízen, que despencou 12,03%.

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