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Metas de desenvolvimento sustentável: empresas abraçam compromissos

Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU Brasil, defende avanços obtidos por meio de parcerias entre iniciativa privada, setor público e sociedade civil

Pacto Global

Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU Brasil: “Muitos avanços para celebrar” | Foto: Divulgação

O Pacto Global, lançado em 2000 pelas Nações Unidas, é considerado um grande chamado para as empresas alinharem suas estratégias e operações nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção, além de desenvolverem ações que contribuam para o enfrentamento dos desafios da sociedade. No Brasil, o Pacto Global foi criado em 2003, e hoje é a terceira maior rede local do mundo, com mais de 1,5 mil membros.

Em setembro de 2015, numa Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, representantes de 193 estados membros bateram o martelo para 17 objetivos de desenvolvimento sustentável. Trata-se da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas. Faltando ainda sete anos para o prazo, o Brasil mostra avanços, mas já é certo que os objetivos não devem ser plenamente atendidos, por uma série de percalços, especialmente pela pandemia de covid-19.

“O Brasil avançou bastante em termos de compromisso das empresas em relação às metas do Pacto Global, e o tema vem ganhando importância entre os brasileiros”, afirma Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU Brasil, em entrevista exclusiva ao Papo de Especialista, videocast do Banco Safra.

“Em 2030, o Brasil não vai atingir as metas, mas do mesmo jeito que a Agenda do Milênio reduziu a pobreza extrema, temos avanços a comemorar”, afirma o especialista. Ele cita que o planeta saiu de 36% de pobreza extrema para 10% em 15 anos. “Ainda é muita gente, mas precisamos celebrar os avanços para a humanidade”, comenta.

Segundo ele, é importante reconhecer os avanços e fortalecer as parcerias entre poder público, setor privado e sociedade civil para resolver os problemas.

Entre as metas estabelecidas no Pacto Global estão a erradicação da pobreza, igualdade de gênero e ações contra a mudança global do clima. Pela primeira vez na história todos os problemas da humanidade foram reunidos numa única agenda com metas estabelecidas.

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“Certamente a gente não vai atingir as metas até 2030, seja no Brasil, ou no mundo. Todos nós sabemos o que está na meta, medimos o que já conquistamos até agora, tudo o que ainda falta e estamos seguindo em frente com essa agenda”, explica Carlo Pereira.

Para ele, os percalços como a pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia atrasaram significativamente a agenda global. A boa notícia é que o mundo está num intenso debate sobre todas as questões importantes que envolvem a pauta do desenvolvimento das nações. A evolução em cada uma das frentes até vem ocorrendo, mesmo que num ritmo ainda longe do ideal ou desejado.

Carlo Pereira ressalta na entrevista que, mesmo estando longe de efetivamente atingirmos as metas do Pacto, a agenda global tem evoluído nos últimos anos. “Se a gente olha pra frente bate sempre um desespero, mas se olharmos para trás vemos que muitas coisas boas para a sociedade foram conquistas nos últimos anos”, explica.

Uma pesquisa realizada pelo Pacto Global no Brasil revela que 78,4% das empresas no país já adotaram a agenda ESG, a sigla em português significa ambiental, social e governança. “As empresas entenderam que elas precisam adotar práticas ambientais, sociais e de governança. Na minha concepção, o conceito de ESG nada mais é que a forma prática de como as empresas se relacionam com a sociedade”, completa Carlo Pereira.

O Pacto

O Pacto Global foi lançado em 2000 pelo então secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e é considerado um grande chamado para as empresas alinharem suas estratégias e operações nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção, além de desenvolverem ações que contribuam para o enfrentamento dos desafios da sociedade.

Trata-se da maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com mais de 16 mil participantes, entre empresas e organizações, distribuídos em 70 redes locais, que abrangem 160 países. No Brasil, o Pacto Global foi criado em 2003, e hoje é a terceira maior rede local do mundo, com mais de 1,5 mil membros.

Grupo J.Safra integra compromisso do Pacto Global

Em 2021, o Grupo J.Safra passou a integrar como signatário o Pacto Global da ONU. A adesão do Grupo J.Safra reforça o compromisso da instituição com as melhores práticas de governança e responsabilidade socioambiental.

Para entrar no Pacto Global, é preciso estar de acordo e vigilante em relação a dez princípios baseados em direitos humanos e trabalhistas, preservação do meio ambiente e medidas anticorrupção Compromissos dos signatários do Pacto Global da ONU:

  • Apoiar e respeitar a proteção de direitos humanos reconhecidos
    internacionalmente.
  • Assegurar-se de sua não participação em violações destes
    direitos.
  • Apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do
    direito à negociação coletiva.
  • A eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou
    compulsório.
  • A abolição efetiva do trabalho infantil.
  • Eliminar a discriminação no emprego.
  • Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais.
  • Desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade
    ambiental.
  • Incentivar o desenvolvimento e difusão de tecnologias
    ambientalmente amigáveis.

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