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Petróleo vai a US$ 100, mas recua com garantia russa de fornecimento

Presidente Vladimir Putin garante que vai manter fornecimento de gás para a Europa e preço do barril do petróleo volta a US$ 94

Petróleo

Volatilidade dos preços do petróleo só vai acabar com a sinalização de fim ou arrefecimento do conflito, afirma especialista | Foto: Getty Images

Os preços internacionais do petróleo, depois de abrir o barril do Brent, referência mundial, perto dos US$ 100, opera agora ao redor de US$ 94. Esse recuo nos negócios ocorreu após garantias do governo russo de que manteria o fornecimento de gás para a Europa. No Brasil, as ações da Petrobras recuavam 2,47% por volta das 15h10, sendo cotadas a R$ 35,93.

A Rússia é o maior fornecedor de gás para a Europa e um terço desse volume geralmente chega por gasodutos que cruzam a Ucrânia. O país também exporta petróleo e combustível refinado.

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Para Rafael Foscarini, da Belo Investment Research, o petróleo deve manter essa volatilidade enquanto o mundo não tiver uma sinalização clara se haverá ou não conflito na Ucrânia.

Segundo ele, essa normalidade, no entanto, não dependerá somente da Rússia, pois, se os países, principalmente os europeus e os Estados Unidos, imporem sanções comerciais sobre empresas e produtos russos, isso poderá afetar também os preços das commodities, principalmente petróleo.

“Essa volatilidade só vai acabar com a sinalização de fim ou arrefecimento do conflito”, disse Foscarini. “Somente essa informação de que fornecimento será mantido, não é suficiente para acalmar o mercado.”

E algumas sanções já começaram. Em comunicado, o Reino Unido informou que oligarcas no círculo íntimo do presidente russo, Vladimir Putin, e bancos com papel na ocupação russa da Crimeira foram os alvos das restrições. A secretária das Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, disse que Londres “está preparada para ir muito mais longe”, caso a Rússia não recue.

O Reino Unido ameaça restringir a capacidade do Estado russo e de suas companhias de levantar fundos em mercados britânicos, além de proibir uma série de exportações de alta tecnologia e “isolar mais os bancos russos da economia global”.

Já a Alemanha anunciou que decidiu suspender a certificação do gasoduto Nord Stream 2, que liga o país à Rússia. A medida é uma resposta à decisão do governo russo de reconhecer a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia.

Em discurso em Berlim, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz informou que instruiu o Ministério de Questões Econômicas e Ação Climática alemão a cancelar um relatório sobre a segurança de oferta energética nacional que havia enviado a reguladores. “Sem essa certificação, o gasoduto não pode entrar em operação”, explicou.

O chanceler acrescentou que a União Europeia estuda sanções conjuntas contra a Rússia e que a situação atual “é fundamentalmente diferente” do que há alguns dias. “É por isso que devemos reavaliar esta situação tendo em conta os últimos desdobramentos. Isso inclui o Nord Stream 2”, pontuou. (Com AE)

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