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Economia desacelera e confirma baixo crescimento do PIB em 2023

Desaceleração do crédito está entre os efeitos da alta dos juros, o que que reforça a expectativa de atividade mais fraca nos próximos trimestres

Porto do Rio de Janeiro

Os indicadores econômicos recentes apontam crescimento zero no último trimestre de 2022 | Foto: Getty Images

O conjunto de indicadores divulgados recentemente confirma um cenário de baixo crescimento da economia brasileira em 2023. A desaceleração já aparece nos indicadores de confiança e na diminuição da atividade na indústria, comércio e serviços. E também na perda de dinamismo do mercado de trabalho, com crescimento mais modesto dos salários.

A desaceleração do crédito também está entre os efeitos da alta dos juros, o que que reforça a expectativa de que a desaceleração da economia será ainda maior nos próximos trimestres, segundo a análise do Banco Safra. Essa dinâmica poderia ser prejudicada, segundo o banco, se a cotação do dólar ultrapassar a projeção e de RS 5,50 até o fim do ano.

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Segundo o relatório semanal do Safra, os preços administrados devem acelerar daqui para a frente. Além da provável elevação de impostos federais e estaduais sobre a gasolina e a compensação de perdas pela alta da alíquota modal do ICMS em alguns estados, esperam-se altas no preço dos medicamentos, planos de saúde, tarifas de água e esgoto e de energia elétrica.

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“Em resumo, a economia parece seguir um saudável processo de desinflação de preços livres, talvez com um passo um pouco mais lento no setor de serviços, em contraste com a alta de diversos preços administrados, que poderá levar a inflação de 2023 a ultrapassar as bandas de tolerância das metas de inflação para o ano”, diz o relatório de macroeconomia do banco. A meta atual de inflação definida pelo Conselho Monetário nacional (CMN) é de 3,25% de inflação no ano, com tolerância de 1,5%, ou seja, até 4,75%.

O crescimento do PIB poderia ficar abaixo de 1% este ano. Os indicadores econômicos recentes apontam crescimento zero no último trimestre de 2022, segundo o Safra.

Indicadores confirmam baixo crescimento da economia brasileira em 2023

O conjunto de dados setoriais e proprietários do banco, como o Índice SafraPay de Atividade, também apontam para uma atividade econômica fraca neste início de ano.

A população ocupada encolheu em cerca de 1,8 milhão no final do ano passado e o aumento do rendimento nominal vem desacelerando desde o terceiro trimestre do ano passado. O custo do serviço da dívida das famílias vem subindo, acompanhando a Taxa Selic e apertando o orçamento familiar.

Segundo o Safra, a previsão é de uma inflação em fevereiro próxima a 0,70%, “valor moderado considerando a média histórica para o mês”.

Em fevereiro são incorporados os aumentos do preço das mensalidades escolares, mas o reajuste este ano não deve ser muito alto, de acordo com as pesquisas proprietárias do time de macroeconomia do Safra.

A melhora nas condições de oferta de bens industriais e de alimentos, além do arrefecimento da demanda agregada nos próximos meses, deve permitir uma queda significativa da inflação desses componentes.

Confira a íntegra da análise macroeconômica semanal do Banco Safra AQUI.

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