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Ventos de recessão mais brandos nos Estados Unidos

Relatório semanal da instituição suíça do grupo Grupo J Safra aponta virada de tendência de recessão nos EUA com evidências de aperto monetário superado

NY

J Safra Sarasin destaca que não espera mais que os EUA entrem em recessão neste ano | Foto: Getty Images

A visão semanal de macroeconomia do banco J Safra Sarasin traz uma mudança relevante em relação à perspectiva de crescimento dos EUA. Em seu relatório Cross-Asset Weekly, a instituição financeira suíça destaca que não espera mais que os EUA entrem em recessão este ano.

Um dos pressupostos que sustentavam a visão mais pessimista do J Safra Sarasin era de que o impacto do aperto monetário ainda não havia sido superado. Contudo, a flexibilização das condições financeiras iniciada ainda em outubro sugere que a maior parte do impacto já está mesmo no passado.

  • Crescimento com PIB mais tímido
    A projeção do J Safra Sarasin é de 2% no primeiro trimestre e cerca de 1,2% nos seguintes.

    No relatório Safra Semanal, a equipe de macroeconomia do Banco Safra indica que o PIB inferior ao que é considerado neutro pelo FED deve ser puxado principalmente pelo menor ritmo de consumo das famílias.

  • Inflação mais rígida do que o consenso
    J Safra Sarasin projeta três cortes a partir de junho. Em 2025, devem ser quatro.

    A visão é alinhada aos especialistas de macroeconomia do Banco Safra. “Apesar de terem ficado menos apertadas ultimamente, as condições financeiras têm refletido principalmente a dinâmica da bolsa, com seus demais componentes pouco contribuindo para impulsionar a atividade. Assim, tanto a atividade econômica quanto a inflação devem seguir moderando, oferecendo ao Fed as condições para cortar juros na reunião de junho”, diz a instituição no relatório Safra Semanal.

    • Inflação nos EUA em janeiro: um ponto fora da curva
      Os indicadores do primeiro mês de 2024 causaram preocupação nos mercados, ainda que não tenham sido uniformes em indicar maiores riscos de inflação. O subíndice de preços de serviços excluindo moradia e passagens aéreas também deu um salto em janeiro, levando a variação anualizada próxima a 10%.

      A leitura de janeiro, contudo, pode ser considerada excepcional, “ainda que justifique um acompanhamento mais próximo desses serviços nos próximos três meses”, segundo relatório do Banco Safra.

Na Europa, as perspectivas permanecem praticamente inalteradas

No velho continente, o crescimento tende a ser retomado lentamente ao longo dos próximos trimestres, segundo análise do J Safra Sarasin.

A inflação deve diminuir gradualmente e bancos centrais deverão flexibilizar a política ainda este ano em um ritmo modesto. O Banco Central Europeu (BCE), por sua vez, indicou que deve esperar até junho antes iniciar a queda dos juros.

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