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Descarbonização abre oportunidades para a mineração sustentável 

O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, vê a descarbonização como oportunidade para a mineração sustentável no Brasil | Foto: Divulgação

Eduardo Bartolomeo na J. Safra Brazil Conference

Eduardo Bartolomeo falou sobre o futuro da mineração durante painel da J. Safra Brazil Conference | Foto: Reprodução 

A Vale, mineradora multinacional brasileira líder em produção de minério de ferro, pelotas e níquel, com importantes operações nas áreas de Logística, energia e siderurgia, está preocupada em firmar-se no mercado de mineração sustentável. Uma das empresas do setor mais negociadas no mercado global de ações, a empresa extrai minérios da Amazônia há 40 anos e busca enquadrar-se nos novos parâmetros ditados em tempos de descarbonização.

O presidente da empresa, Eduardo Bartolomeo, falou sofre o tema durante a J. Safra Brazil Conference. “O tema da descarbonização tem estado em muitas pautas de discussão no Brasil e no mundo, mas onde poderia estar uma ameaça, enxergamos oportunidades, uma questão importante para o negócio e para a sociedade”.. 

Ele explica que a Vale tem se preparado para esse novo cenário. “Investimos em mineração sustentável, buscando ser uma fomentadora de soluções de baixo carbono e atualmente uma empresa que se mantém disciplinada, se capacitando para as novas mudanças e tendências do futuro”, disse Bartolomeo. 

Mineração sustentável e a transição energética 

O presidente da Vale divide a demanda de ofertas e produtos em dois grupos: minério de ferro e metais básicos, como níquel e cobalto. “Quando se fala de metais básicos, ninguém esperava crescimento tão acelerado do mercado de carros elétricos, que causou uma demanda tão expressiva de níquel”. 

Para ele, a produção de níquel com qualidade é crucial para o futuro da mineração na transição energética. “O quanto você vai pagar pelo carbono é uma questão essencial. Não dá para você pegar um níquel produzido com carvão e achar que ele tem uma pegada ecológica (footprint) de carbono adequada”, analisa.  

Bartolomeo declara que o foco da companhia é buscar produção com volume e qualidade. “Queremos segmentar e posicionar a Vale no mercado de alta qualidade, onde a gente está protegido”, explica. Para ele, a descarbonização faz parte desse movimento: “Ela permite que a gente se posicione onde talvez exista um super ciclo de demanda, com destaque para o aço verde”. 

Saiba mais:

Futuro do Brasil na mineração sustentável 

Bartolomeo entende que o Brasil tem uma grande oportunidade no setor de mineração. “Há 35 anos, o Brasil fazia 24 milhões de toneladas de minério de ferro. Hoje, o Brasil faz 32. A China fazia 100 milhões de toneladas em 2000, 600 milhões em 2010, e hoje produz 1 bilhão. A China leva 15 dias pra fazer o que o Brasil faz em um ano”, compara. 

Sobre o futuro da indústria, o presidente da Vale entende que se trata de um jogo de energia. “Quem vai ganhar esse jogo vai ser quem tiver a energia mais barata, trocando uma matriz fóssil por outra matriz mais sustentável”, afirma. 

Ele diz que o Brasil tem os elementos necessários para ter protagonismo na questão energética sustentável: “Nós temos sol, terra, vento e já temos uma matriz hidráulica. Brasil e Suécia podem ter o hidrogênio mais barato do mundo em 2030. Eu só vejo oportunidades”, completa. 

J. Safra Brazil Conference

O megaevento realizado pelo Banco J. Safra aconteceu no hotel Grand Hyatt, em São Paulo (SP), e contou com palestras de personalidades nacionais e estrangeiras.

Foram mais de 100 empresas brasileiras, com agendas de painéis sobre temas da atualidade e mais de 1.000 convidados entre executivos e investidores. O objetivo foi discutir o cenário macroeconômico e político do Brasil e do mundo.

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