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Serviços acumulam 10,5% acima do patamar anterior à pandemia

O volume de serviços caiu 0,6% na passagem de setembro para outubro, interrompendo uma sequência de cinco resultados positivos seguidos, informou o IBGE

Transportes e serviços

Em outubro, os transportes passaram a operar 19,0% acima do nível pré-pandemia de covid-19, de fevereiro de 2020 | Foto: Getty Images

Após a queda de 0,6% no volume de serviços prestados no País em outubro ante setembro, o setor de serviços passou a funcionar em patamar 10,5% superior ao de fevereiro de 2020, antes do agravamento da crise sanitárias. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em outubro, os transportes passaram a operar 19,0% acima do nível pré-pandemia de covid-19, de fevereiro de 2020, enquanto os serviços prestados às famílias ainda estavam 6,0% abaixo. Os serviços de informação e comunicação estão 17,8% acima do pré-pandemia, e o segmento de outros serviços está 3,5% além. Os serviços profissionais e administrativos estão 5,8% acima do patamar de fevereiro de 2020.

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Setor de serviços encolheu 0,6% em outubro

O volume de serviços caiu 0,6% na passagem de setembro para outubro, interrompendo uma sequência de cinco resultados positivos seguidos, quando acumulou ganho de 4,5%. Na comparação com outubro de 2021, o volume de serviços apresentou a vigésima taxa positiva consecutiva ao avançar 9,5%. O acumulado de janeiro a outubro chegou a 8,7% e em 12 meses, 9,0%.

“Algo que contribuiu para o resultado de outubro foi a base de comparação elevada após o setor de serviços ter alcançado no mês passado o valor mais alto da série histórica. O nível mais elevado se deve principalmente à prestação de serviços voltados às empresas, em que observamos como grandes expoentes as empresas que prestam serviços de tecnologia da informação”, avalia Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa

“Observamos uma disseminação de taxas negativas no setor de transportes, seja em uma análise por modais, com queda de terrestres, aquaviários e aéreos, e a parte de armazenamento, serviços auxiliares ao transporte e correio, assim como em uma análise entre os tipos de uso, com quedas tanto no transporte de passageiros quanto no transporte de cargas. A queda do transporte aéreo de 10,1% ocorreu em função do aumento nas passagens aéreas observado no mês de outubro, de 27,38%”, analisa Lobo.

Serviços prestados às famílias cai 1,5% em outubro

A categoria de serviços prestados às famílias também apresentou queda, com resultado de -1,5% na comparação com setembro. “Esse é um setor que vinha mostrando uma sequência maior de taxas positivas no pós-pandemia, mas como a queda foi muito brusca no período entre março e abril de 2020, a maior frequência de taxas positivas ainda não foi suficiente para superar o nível pré-pandemia, de maneira que o setor ainda se encontra 6,0% abaixo de fevereiro de 2020”, destaca o gerente.

Já o setor de serviços profissionais, administrativos e complementares apresentaram queda de 0,8% na comparação com setembro. “Essas perdas vieram da parte de serviços técnico-profissionais, que apresentaram queda de 3,7%, com destaque para a parte de atividades jurídicas, gestão em consultoria empresarial e os serviços de engenharia. Esses três segmentos ajudam a explicar a queda do setor no mês de outubro”, comenta o analista.

Em sentido oposto, informação e comunicação (0,7%) e outros serviços (2,6%) exerceram as contribuições positivas do mês, com o primeiro setor acumulando um ganho de 4,7% entre julho e outubro.

“Os resultados positivos foram influenciados principalmente pelo segmento de tecnologia da informação, que permanece com seu dinamismo, que começou em maio de 2020 e se perpetua até o presente momento com predomínio grande de taxas positivas nesse período, o que não foi diferente em outubro”, esclarece Lobo.

Em outubro de 2022, o volume de serviços aumentou 9,5% frente a outubro de 2021, vigésima taxa positiva seguida. Houve expansão em todas as cinco atividades e crescimento em 67,5% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (12,0%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o volume total de serviços. Os demais avanços vieram de informação e comunicação (8,3%); dos profissionais, administrativos e complementares (8,3%); dos prestados às famílias (10,7%) e de outros serviços (6,5%).

Índice de atividades turísticas tem queda de 2,8% em outubro

Já o índice de atividades turísticas caiu 2,8% frente a setembro, eliminando, assim, boa parte do ganho verificado no período julho-setembro (3,0%). Com isso, o segmento de turismo se encontra 2,5% abaixo do patamar de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 9,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Oito das 12 localidades pesquisadas acompanharam a queda verificada na atividade turística nacional (-2,8%). A influência negativa mais relevante ficou com São Paulo (-3,6%), seguido por Rio de Janeiro (-3,4%), Distrito Federal (-7,8%), Rio Grande do Sul (-3,6%) e Paraná (-3,2%). Já Minas Gerais (1,4%) assinalou o principal avanço regional.

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